Familiares divulgaram nesta manhã de segunda-feira (11) o falecimento de Cléia Benta Honain Ribeiro, simplesmente “Cléia Honain”, a primeira Rainha do Café no Brasil e em homenagem a ela, seu nome foi colocado na fonte luminosa do DAAE (Departamento Autônomo de Água e Esgoto). Cléia faleceu às 10h, após passar 20 dias internada na UTI.
A Fonte Luminosa Cléia Honain (araraquarense, 1ª Rainha do Café Brasileira) foi inaugurada, na década de 40. O atual chafariz que se encontra na praça do Daae era um aerador e fazia parte do sistema de tratamento da água. Ao ser desativado recebeu adequações. Junto a ele há um espelho d’água e uma cascata, localizados na entrada da praça.
Na verdade, a Praça do Daae abriga um complexo do sistema de tratamento e distribuição de água da cidade, tais como o prédio da estação, o poço profundo da Fonte, adutoras e reservatórios enterrados, elevado e apoiado.
A praça se transformou em sinônimo de alegria, música, reuniões e passeios familiares; na atualidade é um dos cartões postais da cidade e merecidamente – a beleza de Cléia sempre contrastou com a beleza da praça.
Ela é aberta a visitação e possui vasta arborização, brinquedos para crianças, sanitários e abriga, há quase 20 anos, aos domingos, o projeto Choro das Águas, com mostra de artesanato, atividades culturais e shows musicais. Nesse espaço foi construído um palco moderno para atividades culturais.
Ainda não fornecidos os detalhes do seu velório e sepultamento. Aos familiares e amigos de Cléia os nossos agradecimentos pela divulgação da nossa cidade pela sua beleza; também a singela homenagem do RCIA ARARAQUARA.
A HISTÓRIA DE CLÉIA, A ETERNA RAINHA
A Fonte Luminosa da Praça do Daae recebeu o nome da 1ª Rainha do Café do Brasil “Cléia Honain”, em 15 de novembro de 1962. Mas, quem foi Cléia Honain? Nascida em 05 de junho de 1938, em Araraquara, filha de Camilo Onain e Astir, foi considerada uma das mulheres mais bonitas da Morada do Sol, nas décadas de 50 e 60.
Publicação feita pelo jornal O Imparcial cerca de 30 anos atrás, diz que Cléia nasceu em uma casa na Rua São Bento, em frente ao prédio da sede social do Clube Araraquarense, onde havia o Café do Centro, estabelecimento comercial de seu pai.
Seu primeiro concurso ocorreu logo após sua descoberta, promovido por um produto alimentício. Em seguida, em 1953, foi a primeira princesa do Ginásio São Bento, hoje Uniara. Também destacou-se nos esportes jogando cestobol (basquetebol) pela Associação Ferroviária de Esportes, sendo considerada a rainha permanente do clube. Dedicou-se a outros esportes como velocidade e arremesso de discos.
Mas foi a beleza morena, de Cléia, descendente de libaneses, que a fez famosa, pois não parou de receber títulos por essa virtude. Foi eleita, em 1954, a primeira princesa dos jogos da Farmaodonto do interior, sendo reeleita, em 1955. Em 12 de janeiro de 1957, foi chamada para concorrer ao título de 1ª Rainha do Café do Brasil, no tradicional Clube Homs, localizado na romântica Avenida Paulista, em São Paulo.
Dentre 25 candidatas, Cléia ficou em primeiro lugar. Na Colômbia, ganhou o segundo lugar de Senhorita Universal do Café. Como prêmio, ganhou uma pulseira de ouro com um medalhão de ouro pertencente ao Rei Felipe da Espanha. Em 1959, casou-se com Alberto Dib, foi morar em São Paulo, teve filhos e netos.

Segundo a Wikipedia, o concurso ocorre até hoje. “Rainha Brasileira do Café é o título dado àquela que representa o Brasil no Rainha Internacional do Café, em Manizales, na Colômbia. Atualmente não há um concurso específico para eleger a representante do nosso país no evento.
As candidatas são indicadas pela empresa detentora dos direitos do concurso no Brasil, a MMB Produções e Eventos, entre aquelas que melhor se classificaram no Miss Mundo Brasil de algum dos anos anteriores e que, no entendimento de especialistas do grupo, tem chances de trazer o título para a nação brasileira. No evento que abrange toda a América Latina e parte da Europa, o Brasil é líder de vitórias conquistadas, totalizando oito coroas no concurso.”