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Mulheres organizam manifestação em Araraquara contra violência após dois feminicídios em trinta dias

A deputada estadual Thainara Faria, do PT, disse que foi um encontro poderoso de mulheres que não se calam diante da violência e das injustiças. Ela enalteceu o papel que o Coletivo Bennu e as PLPs de Araraquara, realizam ao longo do tempo.

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Os grupos reunidos em manifestação na Praça de Santa Cruz

Na manhã deste domingo na Praça de Santa Cruz, centro antigo de Araraquara, aconteceu o ato “Mulheres Vivas Sempre”, uma reação sintomática que condena dois feminicídios em menos de 30 dias na cidade. Fez parte da ação a vereadora Fabi Virgílio, do Partido dos Trabalhadores, que repudiou veementemente os bárbaros atos cometidos contra as mulheres. Outra política na manifestação, a deputada estadual Thaynara Faria.

O primeiro dos feminicídios no espaço de um mês aconteceu no dia 06 de novembro: Sílvia Íris Martins, 49 anos, foi morta com facadas no Jardim Esplanada na frente da filha, ainda adolescente. O outro crime foi registrado na madrugada desta sexta-feira (06) no Parque São Paulo. Luiz Fabiano Mendes, 42 anos, matou também com facadas a ex-namorada Francisca da Silva Lima, 33 anos que buscava colocar um ponto final no relacionamento bastante conturbado. Após matar a mulher, mãe de uma criança de um ano de idade, ele saiu em disparada para a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255), atirando o carro contra um caminhão que trafegava sentido Ribeirão Preto.

Movimento se deu após dois feminicídios em menos de 30 dias em Araraquara

A deputada estadual Thainara Faria, do PT, disse que foi um encontro poderoso de mulheres que não se calam diante da violência e das injustiças. Ela enalteceu o papel que o Coletivo Bennu e as PLPs de Araraquara, realizam e destacou – nos unimos em fala, memória e resistência e ecoamos por todas aquelas que tiveram suas vidas interrompidas.

A parlamentar argumentou em seu discurso – “seguimos ocupando as ruas porque nenhuma de nós caminha só. Cada mulher viva é um ato de resistência, e juntas somos inabaláveis. Que nossa indignação vire luta, e nossa luta vire mudanças reais.”

Também se manifestaram, Rita Ferreira, coordenadora do Coletivo Bennu, e, a criminalista Josimara Veiga Ruiz, que participa do grupo “Luto Contra as Violências”. Ambas destacaram a importância do movimento, contribuindo de forma decisiva para o fortalecimento do ato “Mulheres Vivas, Sempre”.