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“O aeroporto já está pronto para operar”, disse o presidente da VOA em Araraquara

Em Araraquara, especificamente, a VOA terá que investir R$ 16.500.000, ao longo de 30 anos de investimento. Nessa fase obrigatória, a empresa tem que aportar R$ 1.800.000 nos 4 primeiros anos.

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Marcel Moure, Presidente da Rede VOA em uma entrevista exclusiva ao AEROIN no aeroporto de Araraquara (SP)

Uma equipe do AEROIN esteve presente no aeroporto Bartholomeu de Gusmão, em Araraquara, região onde a aviação é muito presente com vários importantes aeroportos próximos , incluindo São Carlos, Ribeirão Preto, Pirassununga, entre outros. O presidente da VOA, Marcel Moure, falou um pouco sobre as melhorias recentes no aeroporto araraquarense, além dos planos para outros aeroportos geridos pela empresa.

Dentre as melhorias, destacam-se algumas, como a iluminação e o balizamento noturno, uma das exigências feitas anteriormente para a volta das operações da Azul Linhas Aéreas no local, a implementação de um caminhão de bombeiros, além de uma reforma e revitalização do terminal de passageiros, com uma fachada revitalizada, novos assentos em áreas de check-in, embarque e desembarque, a compra e instalação de equipamento de raio-x e detector de tais, nova climatização, entre outras.

Ao AEROIN, o presidente da Rede VOA, Marcel Moure, explicou um pouco sobre como anda o processo de investimentos no aeroporto da cidade paulista: “Em Araraquara, especificamente, falamos de R$ 16.500.000, quase R$ 17 milhões ao longo de 30 anos de investimento. Nessa fase obrigatória, nós temos que aportar aqui R$ 1.800.000 nos 4 primeiros anos, e depois cerca de R$ 7.600.000, aproximadamente, e pouquinho nos outros anos. Há também uma fase ambiental que tem mais de R$ 1.500.000 de investimento, então esse é o plano de investimento de Araraquara“.

O presidente da empresa, também deu um balanço sobre os investimentos já feitos até agora e quais ainda precisam ser feitos: “nós reativamos tudo isso, trouxemos a iluminação da pista aqui para as condições operacionais noturnas, reformamos o TPS (Terminal de Passageiros), a parte de RNAV (navegação aérea), manuais e tudo que estava desatualizado. Tivemos que fazer tudo isso, estamos recuperando as cercas patrimoniais do aeroporto ou seja, nós já investimos R$ 1.6 milhão para colocar o aeroporto em condições de receber os voos. Se você olhar friamente, o aeroporto está pronto, agora é só ajustar”.

Fachada, Raio X e a Simulação da Azul

O que está faltando nele é a transferência da estação meteorológica, que nós já vínhamos vendo com os técnicos para fazer, porque para ativar a IPTA Alfa Araraquara, que é a rádio, eu preciso ter informação de condições do aeródromo e essa informação estava travada por conta desse problema de infraestrutura elétrica. Até antes do Carnaval a gente encerra essa parte da IPTA. Tem também um elevador para atender o pessoal com deficiências, com necessidades especiais de movimentação, e a gente está fazendo manutenção. Trouxemos já o caminhão de bombeiros, vou recuar essa cerca perimetral e eu estou pronto para receber os voos comerciais. O aeroporto de Araraquara ele já é categoria 3C e eu tenho 1800 m de pista, ou seja, teria condições de operar aeronaves do padrão da Ponte aérea Rio–São Paulo”

VOLTA DA AZUL

Marcel Moure conversou um pouco sobre o principal assunto que gira em torno do aeroporto da cidade, que é a volta dos voos da Azul. Ele afirmou que há diversos fatores e responsáveis envolvidos para que isso aconteça.

“Essa é a grande discussão que a sociedade fica esperando. Lógico que esse movimento é um movimento que tem 3 atores principais: a concessionária, fazendo o papel dela, o Governo do Estado, na questão do incentivo ao turismo e ao desenvolvimento, e a companhia aérea, até mesmo porque nesse incentivo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). As companhias aéreas têm um modelo de cálculo que chama-se load factor e esse prevê uma faixa de ocupação (da aeronave) de 75%. Então, se eu não tiver 75% dos assentos ocupados dificilmente a companhia consegue manter aquele voo continuado”, disse.

Apresentação da nova fachada do aeroporto

“Para esse incentivo do ICMS, foi acordado com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) operar com 50% do load factor para poder viabilizar esses voos, então a gente acredita (na viabilidade). Eu acredito piamente que, com esse rearranjo, o aeroporto de Araraquara se torna uma opção para ter de fato esses voos, pra ter esse esse trâmite, e o grande segredo é o que está acontecendo com Ribeirão Preto“, afirma.

PLANOS PARA OS OUTROS AEROPORTOS DA EMPRESA

Novo caminhão do Bombeiro do Aeroporto

Na entrevista, o presidente da VOA também contou um pouco sobre os planos para outros aeroportos administrados pela empresa, como a necessidade de adequações e a atenção com certos aeródromos: “Vamos ampliar o terminal de Marília, readequar a ele. Emergencialmente falando, fizemos obras em Ribeirão. Em Franca também. Franca era 2C, está homologado agora segue para 3C. O DECEA, Departamento de Controle do Espaço Aéreo, pediu ajustes, como pontuar, num conceito geoestacionários e georeferencial, quais são alguns pontos de atenção como uma chaminé de uma fábrica, um heliporto elevado num prédio na cidade, ou seja, uma vez pontuado isso Ok para homologar Franca para 3C. Então a nossa ideia é que Franca, São Carlos e Araraquara estejam todos prontos e aptos, na sua essência, até 15 de março do presente ano. Nós já notificamos o governo do estado através da Secretaria de Turismo, bem como a Associação Brasileira das Empresas Aéreas por exemplo. O que precisava fazer, foi feito“, completa Moure.