A Diretoria da 5ª Subseção da OAB/SP e a Comissão de Combate à Discriminação Racial da 5ª Subseção da OAB/SP revelaram nesta sexta-feira (07) que já estão de posse de cópias das escrituras envolvendo a negociação de pessoas escravizadas na cidade.
Segundo a nota assinada pelo presidente Felipe José Maurício de Oliveira “foi uma longa jornada para a obtenção dos documentos históricos, datados do século XIX, que assinalam um período triste de nossa história.”
“Os mais de 500 arquivos, e sua totalidade escrituras manuscritas, registram a compra e venda de seres humanos, que eram descritos e considerados como mercadorias”, ressalta o dirigente.
Após pedido específico da OAB e autorização do Juiz Corregedor do Tabelionato, o 1º Tabelião de Notas e de Protestos de Araraquara forneceu para a OAB de Araraquara o acervo digitalizado.
Questionado sobre o destino do material ele ressaltou que, agora, a OAB visa publicar uma obra, contendo as escrituras, para permitir a consulta e a produção de material científico para estudos.
Ele lembrou ainda que nos mesmos moldes do Projeto Memória Notarial, do Colégio Notarial do Brasil – CNB – que divulga escrituras vinculadas a momentos históricos, a OAB de Araraquara, após a devida tramitação legal de autorização, apresentará o conteúdo dos arquivos que tem mais de 140 anos de existência.
Esta ação da OAB de Araraquara teve também a contribuição valiosa da vice-presidente Clara Maria Rinaldi de Alvarenga, do secretário geral Yuri Tramontano de Souza, da secretária adjunta Camila Cristina Claudino, do diretor tesoureiro Paulo Henrique de Andrade Malara e do presidente da Comissão de Combate à Discriminação Racial da 5ª Subseção da OAB/SP, Walle de Pádua Camargo Galdino.