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Ponte dos Machados cede um pouco mais e Defesa Civil desafia a sorte 

A Ponte dos Machados, funcionando meia pista, continua cedendo e sendo utilizada por veículos considerados leves; nesta semana, segundo os moradores da região dos Machados e Guarapiranga ela voltou a ceder.

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A pista interditada em um dos lados da ponte já apresenta este enorme buraco

Sem tanta agilidade burocrática, com projeto pronto e dinheiro em caixa, liberado pelo governo estadual, a Ponte dos Machados está com sua construção empacada e há dois anos os moradores e sitiantes que utilizam a estrada como passagem correm o risco eminente de uma tragédia.

Com as chuvas desta semana, segundos os moradores a ponte cedeu um pouco mais; no entanto como é praticamente passagem única entre Araraquara e Guarapiranga não há como fugir. A alternativa proposta é bem longe e o estado de conservação da estrada é sofrível, reclamam.

A vereadora Luna Meyer (PDT), cobrou da Prefeitura explicações sobre o andamento das obras na ponte dos Machados, “já que não se tem informações sobre os próximos passos a serem dados rumo à solução do problema que se arrasta por meses”.

Prefeitura diz que entrega a ponte concluída só daqui seis meses

No documento, Luna solicitou informações que, no seu entendimento, não estão sendo repassadas à população. A ponte que fica localizada na Estrada Abílio Augusto Corrêa, entre Araraquara e Guarapiranga, está com problemas em sua estrutura e corre risco de desabamento. Em busca de esclarecimentos, a vereadora pediu à Prefeitura que cobrasse da Secretaria de Obras e Serviços Públicos respostas a várias dúvidas que ainda não foram esclarecidas.

Segundo a parlamentar, a Prefeitura informou, no dia 17 de setembro, que para que as obras fossem iniciadas era necessário um desvio na tubulação para que não houvesse riscos ou acidentes durante os trabalhos, o que deveria ser feito pela Cutrale no prazo de 90 dias, mas não foram informadas as datas de início e fim das obras.

Luna também cobrou respostas sobre o andamento dos processos e problemas que apareceram durante a execução dos serviços. “Quando foi identificada a necessidade de desvios na tubulação?”, questionou. “Por que o problema não foi identificado antes? A empresa contratada para execução dos serviços de demolição e reconstrução da ponte já fez outras obras no município? A empresa foi contratada através de licitação? Envie-nos o edital”, concluía a vereadora.

Em resposta ao requerimento, a Prefeitura declarou que o contrato com a empresa responsável pela obra se deu por meio de licitação pública e a reconstrução na ponte dos Machados será o primeiro serviço a ser realizado por ela no município.

Também relatou que a necessidade de um desvio na tubulação foi verificada ainda nos estudos das execuções das estacas da nova ponte. O problema só não identificado anteriormente, pois, segundo a equipe da empresa, não se tinha conhecimento da rede no local, sendo necessário interromper os trabalhos.

No dia 20 de outubro, a Cutrale solicitou a paralisação das obras para realização do desvio na tubulação; a contar desta data, ela tem 90 dias para conclusão do serviço. Além disso, a CPFL também precisa realizar a remoção dos postes para que a obra seja concluída. O processo se encontra em aberto. Por fim, a Prefeitura pretende finalizar as obras em 180 dias corridos, conforme especificado no documento licitatório.

Luna enfatiza que “o tempo está correndo, estamos no começo de dezembro e a ponte segue sem solução. Muitas promessas e pouca ação de fato. As chuvas vão começar e uma importante via pública corre sérios riscos de desabamento. É prioritário que esta ponte comece a ser reparada. A população que faz uso dessa via está em risco. Faz tempo”.

As obras da nova ponte deveriam ter começado na primeira semana de julho quando houve o anúncio feito pelo vice-governador e o prefeito Edinho Silva, durante cerimônia de assinatura realizada no bairro dos Machados em Araraquara.