O Padre Edvan Freire Nunes, da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Jardim das Estações, em Araraquara, teve seu falecimento anunciado neste sábado (21), às 18h22, em decorrência de um AVC. O sacerdote desde a última segunda-feira (21) vinha lutando para sobreviver, internado na UTI do Hospital São Paulo, segundo a assessoria de imprensa da Diocese de São Carlos.
O velório será realizado neste domingo na própria igreja onde realizava os serviços religiosos a partir das 10h30. As missas em sufrágio pelo Padre Edvan serão realizadas às 12h e 14h, sendo esta última celebrada pelo bispo diocesano, Dom Luiz Carlos Dias.
Logo após, às 15h50, o corpo será conduzido para sepultamento no Cemitério das Cruzes (Britos) em Araraquara.
VIDA DEDICADA EM FALAR SOBRE O AMOR DE DEUS
Antes de vir para Araraquara, o Padre Edvan atuou na Paróquia do Divino Espírito Santo de Itápolis. Há 12 anos como sacerdote, Edvan buscava, acima de tudo, evangelizar com base no verdadeiro amor de Deus – ideal na qual pregou durante esse tempo de jornada missionária. Com 51 anos de idade, começou a sua vida religiosa desde muito cedo. Sentiu o seu chamado vocacional aos 12 anos, porém a entrou realmente na vida religiosa quando completou 28 anos.
Ele contava que demorou 16 anos para dar essa resposta. Como cidadão, sempre trabalhou muito em diversas áreas, como em bancos e escritórios. Antes da sua formação como padre, tinha o título de tecnólogo em Químico onde atuou como supervisor em uma grande multinacional.
Edvan Nunes era natural da Bahia. Nasceu em uma pequena cidade chamada Jacobina que fica no interior do Estado. Quando ainda pequeno, a sua mãe viúva com 5 filhos deixou o local para residir em Cambuí – Minas Gerais. Ele sempre relatava pedaços importantes da sua vida: quando completou os seus 18 anos, cada um dos seus irmãos se deslocou para diferentes cidades. Inclusive ele, com atuação como missionário em diversas localidades e estados como, por exemplo, em Pernambuco, Tocantins, Brasília, São Paulo e Jundiaí.
Mas foi em 2008 que ingressou na diocese de São Carlos e deu início ao seu trajeto como padre. Mesmo tendo o seu carro e casa própria e o que ele considerava excelentes salários, abriu mão de muitas coisas para poder viver a palavra de Deus e seguir o seu Evangelho. “Sou muito feliz e realizado como sacerdote”, dizia.
E ainda falava sobre os seus princípios de ofício como sacerdote: “O que eu costumo falar em todas as minhas reflexões é que sou um Padre livre. A minha vida é muito clara e transparente. Exerço a função como sacerdote que anuncia a misericórdia, a bondade, o perdão, a vida e o acolhimento de Deus”
Ainda citava sobre a necessidade de se estabelecer em Cristo com a verdade: “A verdade muitas vezes não agrada muito. Sempre me preocupei em agregar valores. No meu sacerdócio está impresso o caráter de Jesus Cristo. Sou aquele que entra no templo para limpar os exageros e excessos. Com isso procuro fazer permanecer quem procura fazer uma caminhada verdadeira de fé. Sempre estive preocupado com aqueles que querem experimentar o verdadeiro amor de Deus assim como eu experimentei”.