A Prefeitura de Araraquara com um texto assinado pelo prefeito Edinho Silva e publicado nos atos oficiais desta quarta-feira (09) acaba de decretar situação de emergência no município tendo em vista “o desastre classificado e codificado como estiagem. O ato terá duração de 180 dias pois tem afetado o abastecimento de água na cidade.
O decreto surgiu horas depois do prefeito eleito Doutor Lapena comentar em entrevista dada ao RCIA que é inadmissível o DAAE não se atentar para enorme perda de água tratada, proveniente das redes subterrâneas com uma tubulação totalmente corroída.
O decreto com duração de 180 dias terá validade nestes últimos três meses da atual administração e atingirá os meses de janeiro, fevereiro e março, quando Lapena já estará completando quase 100 dias de governo.
Como o próximo prefeito anunciou que uma das prioridades do seu mandato será substituir as canalizações corroídas em toda a cidade, a atual administração descarta em final de mandato adotar providências para sanar os problemas e transfere ao DAAE o “poder de coordenar todos os órgãos municipais e adotar as ações necessárias para mitigar os efeitos da seca”.
Curioso, contudo, é que o Art. 3º do documento assinado pelo prefeito Edinho vai na contramão do que disse Lapena que atribui ao DAAE o desperdício de água face a deterioração das redes. E, o decreto do prefeito diz que o Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara (DAAE) fica autorizado, se necessário estabelecer através de Portaria, regras excepcionais para combater o desperdício de água potável, afim de conter seu consumo abusivo.
O decreto ainda considera que a COBRADE define a seca como uma estiagem prolongada, durante o período de tempo suficiente para que a falta de precipitação provoque grave desequilíbrio hidrológico.