O professor Amadeu Moura Bego, do Instituto de Química da Unesp, câmpus de Araraquara, tomou posse nesta semana como membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE-SP) em evento realizado na Casa Caetano de Campos, sede da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, na Praça da República, região central da capital. O docente cumprirá um mandato de três anos, com possibilidade de reconduções.
O CEE-SP é um órgão consultivo, normativo e deliberativo do sistema educacional paulista. As três universidades estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp) agora ocupam cadeiras na Câmara de Educação Superior do conselho. Amadeu Moura Bego foi indicado para a posição pela reitora Maysa Furlan e teve o seu nome apreciado pelo secretário estadual de educação e pelo governador, que o nomeou. Ele sucede os professores Iraíde Marques de Freitas Barreiro e João Cardoso Palma Filho, unespianos que já ocuparam tal posição.
A posse do docente, realizada na última quarta-feira (1º), foi acompanhada pela reitora da Unesp Maysa Furlan, pela chefe de gabinete da Reitoria, professora Adriana Marcantonio, e pela ex-conselheira do CEE-SP Iraíde Barreiro.
“O Conselho Estadual de Educação de São Paulo é sexagenário e, em razão do seu caráter deliberativo, tem um caráter de extrema relevância para a educação do estado de São Paulo, pois regula por meio de normas e deliberações o sistema (educacional) público e privado paulista”, afirma Amadeu Moura Bego. “É extremamente importante ter voz e representação no conselho das três coirmãs (USP, Unesp e Unicamp), dada a expertise instalada nas universidades públicas, pensando na educação do estado de São Paulo como um todo e trazendo também uma perspectiva das universidades públicas e da própria Unesp, que é uma instituição singular dada a sua capilaridade”, diz o novo conselheiro.
Criado em 1963, o CEE-SP é um colegiado composto por 25 membros e estabelece normas para a atuação de escolas públicas e privadas de educação infantil, ensino fundamental, médio e profissional. Na educação superior, o conselho orienta as instituições de ensino superior públicas, estaduais e municipais, e chancela a renovação dos cursos de graduação dessas instituições –em especial, os cursos que não atingem os conceitos 4 e 5 no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).
Professor do Departamento de Química Analítica, Físico-Química e Inorgânica do Instituto de Química (IQ) do câmpus de Araraquara, Amadeu Moura Bego é membro de comitê editorial e árbitro em revistas nacionais e internacionais das áreas de educação e de educação em ciências e tem bastante experiência nos estudos sobre formação docente. Em 2016, recebeu da Fundação Carlos Chagas o prêmio “Professor Rubens Murillo Marques” como melhor experiência educativa inovadora para formação de professores, o que o credenciou para atuar como professor visitante na Harvard Graduate School of Education, dentro do câmpus da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
A experiência no exterior resultou no livro “Estudos de Casos para a Formação de Professores de Química” (Editora Unesp), uma obra realizada em uma colaboração entre a Unesp e Harvard, dedicada a professores de química, pós-graduandos da área de ensino e estudantes de licenciaturas. Na gestão passada da Reitoria da Unesp (2021-2024), o docente foi assessor da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e acompanhou de perto os 48 cursos de licenciaturas da Universidade, ou 35% do total de graduações da Unesp.
“Vamos acompanhar de perto as questões relativas aos desafios das nossas universidades públicas e, dentro dos desafios das nossas universidades públicas, o debate relacionado aos nossos cursos de formação de professores, uma discussão proeminente e urgente”, afirma Amadeu Moura Bego. (Fábio Mazzitelli)