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Edinho mente para a imprensa e propõe reajuste de 5% para servidores municipais, diz Sismar

O sindicato alega que não existe proposta de 14% de reajuste e que a categoria terá assembleia nesta sexta-feira para debater os rumos da mobilização

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Mobilização dos servidores no final de semana em Araraquara

Os servidores municipais de Araraquara terão assembleia na próxima sexta-feira, dia 8 de abril, às 19 horas, em frente à Prefeitura Municipal, para debater a proposta que o Sismar em nota considerou – ridícula e indecente – em conceder 5% de reajuste salarial para o ano de 2022.

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https://rciararaquara.com.br/destaques/prefeitura-elabora-proposta-com-aumento-de-1465-em-pacote-de-beneficios-aos-servidores/

A nota elaborada pelo sindicado é um desabafo: “A Prefeitura ignorou por 70 dias o ofício enviado pelo Sindicato, dia 26 de janeiro, com as pautas definidas pela categoria e, quando foi dar a resposta, mandou primeiro para a imprensa e depois para o SISMAR. Ainda por cima mentiu em sua nota à imprensa, falando em um índice imaginário de 14%, sendo que a proposta é de 5%”, destaca o sindicato.

Da proposta da Prefeitura, apenas dois itens valem para todos os servidores, argumenta a entidade: Reajuste de 5% no dissídio coletivo e Aumento de 11,11% no vale-alimentação.

Seguindo uma linha de raciocínio o Sismar destaca que – os outros 7 pontos da proposta da Prefeitura contemplam um ou outro grupo e dizem respeito a leis federais e ao PCCV, legislações que já devem ser cumpridas independente de discussão de data-base.

Para o Sismar, a data-base é o momento de discutir revisão geral anual de salários, que vale para todos os servidores. A proposta da Prefeitura é de reajustar os salários em apenas 5%, sendo que a inflação desde o último reajuste foi de 20%, justifica.

Não permitir salários abaixo do mínimo, cumprir o que ele mesmo inventou no PCCV e pagar corretamente o piso salarial nacional de profissionais é obrigação do poder público, não tem motivo para debater isso na data-base.

Ao mesmo tempo a diretoria do Sismar faz um convite a categoria: “Contamos com todos os servidores na assembleia desta sexta-feira, dia 8, a partir das 19 horas, em frente à Prefeitura para que a categoria se manifeste sobre essa proposta de 5% de reajuste.

ASSUNTOS QUE SERÃO DEBATIDOS COM OS SERVIDORES

Na assembleia que está sendo convocada, o sindicato já apresenta o que será discutido e deu ao conhecimento da imprensa o teor da pauta:

• Reajuste de 33,45% do piso salarial do funcionalismo, que passará a R$ 1.453,31 – não contempla todos, só vale para quem ganha abaixo do mínimo

• Reajuste retroativo de janeiro de 2022 de 33,24% no piso salarial do magistério da rede pública de educação básica (enquadramento de 469 docentes) – não contempla todos os professores, muito mesmo todos os servidores.

• Reajuste de 5% no dissídio coletivo

• Aumento de 11,11% no vale-alimentação, que NÃO passará para R$ 600 já que os R$ 120 dependem de assiduidade.

• Política de promoção de classe PCCV – não contempla todos os servidores e já deveria ter sido implantado em 2020 e 21.

• Enquadramentos do PCCV com jornada padrão de 36 horas semanais – não contempla todos os servidores e já deveria ter sido implantado em 2020 e 21.

• Implementação da hora aula de 50 minutos para professores da educação infantil – não contempla todos os servidores e não é assunto para data-base.

• Gratificação de função na atividade de professor formador – não contempla todos os servidores

• Aumento do adicional para os profissionais que atuam no campo (de 10% para 20%) – não contempla todos os servidores

“É óbvio que o SISMAR concorda com o pagamento do piso nacional do magistério e com a aplicação dos benefícios do PCCV, porém isso é mero cumprimento de legislação, já é obrigação da Prefeitura. Não é acordo de data-base, não é concessão do prefeito, já é lei, ele só tem que cumprir”, completa o comunicado do sindicato.