Adriana Machado é uma das empresárias preocupadas com uma possível queda nas vendas; para a analista em web Márcia Ceschini, cenário pode ter reviravoltas.
Para aqueles pequenos e médios empreendedores que atuam com vendas via internet, a notícia do reajuste em até 8% no preço dos fretes dos Correios para serviços de Sedex e PAC foi extremamente negativa. Vale ainda lembrar que há um acréscimo de R$ 3 para entregas a clientes do Rio de Janeiro. O aumento é considerado abusivo, pois supera em três vezes o cálculo oficial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em comparação a outros países da América Latina, o nosso frete é 42% mais caro do que o da Argentina, 160% mais caro que o mexicano e 282% mais caro que o serviço de entregas na Colômbia.
NA PELE
O fato é que para aqueles que vinham encontrando no ecommerce uma saída para os negócios, o reajuste vai pesar no bolso, indicando possível queda nas transações.
Ela diz que sua última compra foi feita antes do aumento, mas apesar de não ter sofrido o transtorno do reajuste, percebeu demora na entrega. “Quanto à venda, já percebemos um aumento de no mínimo R$8 no valor do frete para produtos enviados para São Paulo. Esperamos que tal fato não atrapalhe nosso empreendimento, mas estamos receosos. Tudo está ficando quase o mesmo valor do produto enviado e tal fato deixa de ser algo vantajoso para ambas as partes”, analisa Adriana.
ALEGAÇÃO DOS CORREIOS
Em nota no seu site oficial, os Correios explicam que o reajuste se trata de uma “revisão anual” e que a definição dos preços é baseada nos custos relacionados à prestação dos serviços, considerando gastos com transporte, pagamento de pessoal, aluguéis de imóveis, combustível e contratação de recursos para segurança. Sobre o aumento da taxa no Rio de Janeiro, a explicação resume-se ao “crescimento da violência na cidade e os perigos aos quais são expostos os profissionais”.