Ganhar dinheiro com o maracujá ou simplesmente tê-lo para consumo próprio, são situações bem diferentes, no entanto o plantio é um só e todas as técnicas devem ser aplicadas para que se tenha um produto de qualidade para venda e consumo.
Em junho, durante três dias, um grupo de produtores participou de capacitação sobre a cultura do maracujá, graças à parceria estabelecida entre o SENAR SP e o Sindicato Rural de Araraquara.
Além da instalação da lavoura, o instrutor Ricardo Marinheiro proporcionou neste período, a oportunidade de orientar os produtores sobre vários aspectos visando a profissionalização deste cultivo.
O coordenador regional do SENAR, João Henrique de Souza Freitas, acompanhando a programação, diz que Marinheiro estimulou os participantes a formarem plantios com foco na produtividade e futura comercialização. Toda ação foi desenvolvida no Sítio da Uniara, instituição de ensino que mantém o curso de Engenharia Agronômica.
Durante a aula prática, o instrutor orientou o passo a passo do plantio, passando pela produção de mudas, preparo do solo, espaçamento, formação das estruturas para apoio do maracujá, etc.
Em seguida instalou-se o módulo do manejo e tratos culturais como adubação e controle de pragas necessários para o maracujá. O instrutor ensinou técnicas que focaram na produtividade, a fim de garantir a renda final para os produtores.
O instrutor Ricardo Marinheiro também comentou a viabilidade desta cultura para a agricultura familiar visto que possui preço satisfatório, garantindo renda aos produtores. Além disso, orientou sobre o aproveitamento dos frutos que não possuem o padrão de mesa, propiciando ideias de alternativas para a comercialização dos produtos, o que amplia consideravelmente as alternativas de renda a partir do plantio.
A produção do maracujá é direcionada para o consumo in natura como também para a indústria processadora, cujos produtos finais são o suco e a polpa da fruta. Mais recentemente, observa-se que o processamento da fruta também tem sido realizado dentro de propriedades familiares, de forma artesanal, o que resulta em polpa congelada da fruta, com e sem sementes. Este produto tem sido comercializado diretamente pelos produtores, destinado a sorveterias, restaurantes, bares, merenda escolar, dentre outros.