A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP) tornará obrigatória a venda de uma nova formulação de gasolina a partir de 3 de agosto.
Com isso, espera-se que o rendimento dos veículos que circulam no país melhore.
O porém está no valor que será cobrado nas bombas dos postos, que deve aumentar, por causa da maior qualidade da nova gasolina.
A nova fórmula foi definida em janeiro e tem um número mínimo de massa e octanagem para poder ser vendida. Assim, em breve, o combustível brasileiro ficará mais parecido com o da Europa.
As mudanças já eram defendidas há muito tempo pelas montadoras, mas esbarravam em deficiências da Petrobras, que agora diz estar pronta para refinar como necessário.
A economia de gasolina deverá ser de 4% a 6% por quilômetro rodado, segundo a Petrobras, que também afirma que haverá melhora na dirigibilidade, tempo de resposta na partida a frio e aquecimento adequado do motor.
Já a ANP comemora o fato de que os motores serão menos poluentes, com menor consumo e mais eficientes.
E o mercado espera uma elevação nos preços, visto que se trata de uma gasolina mais “nobre”.
Para a Petrobras, no entanto, essa sobrevalorização será compensada pelos ganhos no rendimento veicular.
A companhia lembrou ainda que o preço é definido pela cotação no mercado internacional e tem outras variáveis, que podem influenciar o valor final.
O preço de venda da gasolina pelas refinaras da Petrobras representa 28% do preço final do combustível — impostos e margens de lucro de postos e distribuidoras completam o valor.
Desde maio, com a recuperação das cotações do petróleo, a empresa aumentou o preço da gasolina oito vezes, com alta acumulada de 60%.