O Brasil fechou o ano de 2020 com a geração de 142.690 postos de trabalho. “A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva virtual de divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro do ano passado, houve 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 38.952.313 vínculos, o que representa uma variação de 0,37% em relação ao estoque de referência, de 1º de janeiro de 2020.
DEZEMBRO
Mas, após cinco meses de saldo positivo, em dezembro, o número de demissões superou o de contratações no Brasil, com o fechamento de 67.906 postos de trabalho.
De acordo com o ministério, dezembro é um mês “de ressaca” no mercado e essas perdas são comuns.
O ministro Paulo Guedes destacou ainda que essa é a menor perda de empregos desde 1995. “Essas perdas são sazonais. Então vamos comparar com dezembro de 2015, quando o PIB caiu 3,5% no ano e nós perdemos 596 mil empregos”, disse. Em dezembro de 2019, por exemplo, também foram fechadas 307 mil vagas.
Na avaliação do ministério, o compromisso de manutenção de empregos promovido pelo BEm também contribui para que essa queda em dezembro fosse menor. No mês passado, o Brasil teve 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos.
SETORES
No acumulado do ano de 2020, apenas o setor de serviços teve saldo negativo nos empregos, com o fechamento de 132.584 postos de trabalho.
A construção e a indústria lideram o ranking de contratações, com a criação de 112.174 e 95.588 empregos, respectivamente.
Já no mês de dezembro, o comércio foi a única atividade com saldo positivo, com mais 62.599 empregos.
Das cinco regiões do país, quatro tiveram saldo positivo no acumulado do ano, apenas o Sudeste perdeu vagas, queda de 88.785, puxado pelo Rio de Janeiro que, sozinho, fechou 127.155 empregos, enquanto Minas Gerais criou 32.717.
No Norte, o destaque é para o Pará, com a criação de 32.789 postos, mais da metade dos 62.265 empregos formais gerados na região.
No Nordeste, o Maranhão, com 19.753, e o Ceará, com 18.546, puxaram o saldo positivo de 34.689 de novos postos de trabalho. No Sul, que teve 85.500 vínculos a mais, Paraná e Santa Catarina geraram 52.670 e 53.050, respectivamente. Já o Centro-Oeste teve Goiás como o principal criador de vagas, com 26.258 das 51.048 da região.
SALÁRIO
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em dezembro foi de R$ 1.735,39. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 26,45 no salário médio de admissão, uma variação positiva de 1,55%.