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Tarifaço pressiona e açúcar recua nas bolsas internacionais

Em Londres, o açúcar branco também apresentou desvalorização, de acordo com especialistas do setor agrícola.

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O açúcar cristal recuou 1,89%, de acordo com o Indicador Cepea/Esalq da USP

Os contratos futuros de açúcar fecharam em queda nesta quinta-feira (3) nas bolsas internacionais, pressionados pelo anúncio de tarifas de importação feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o Barchart, as medidas recíprocas adotadas pelo governo norte-americano aumentaram a aversão ao risco nos mercados e elevaram a preocupação quanto à demanda por commodities.

O Barchart também apontou que a retração de 6% no preço do petróleo bruto WTI (CLK25) — que atingiu o menor nível em três semanas — contribuiu para a desvalorização do açúcar. A queda no petróleo tende a reduzir os preços do etanol, o que pode levar as usinas a direcionarem uma parcela maior da cana-de-açúcar para a produção de açúcar, aumentando a oferta do produto no mercado.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Os contratos futuros do açúcar bruto encerraram em queda na ICE Futures de Nova York. O contrato de maio/25 recuou 48 pontos, com cotação de 19,11 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato de julho/25 caiu 42 pontos, negociado a 18,97 centavos de dólar por libra-peso.

Na ICE Europe, em Londres, o açúcar branco também apresentou desvalorização. O contrato para maio/25 teve baixa de US$ 9,10, fechando a US$ 543,80 por tonelada. O contrato de agosto/25 caiu US$ 9,20, cotado a US$ 533,60 por tonelada.

AÇÚCAR CRISTAL

O açúcar cristal recuou 1,89%, de acordo com o Indicador Cepea/Esalq da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 139,00.

O etanol hidratado apresentou leve queda de 0,05%, segundo o Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.857,00/m³. (Letícia Giacometti)