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Taxas de Juros para pessoa física e jurídica mantêm curso de queda em setembro

Expectativas de melhor cenário econômico e trajetória de queda da taxa Selic incentivam o crédito a juros mais baixos.

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Recentemente, as reduções contínuas da taxa básica de juros (Selic) serviram para estimular o crédito

O Banco Central do Brasil tem à sua disposição instrumentos para alterar o comportamento e a tendência da demanda agregada. Recentemente, as reduções contínuas da taxa básica de juros (Selic) serviram para estimular o crédito. É fato que a taxa tem sido ajustada devido à queda da inflação e com isso a taxa real de juros foi reduzida. A taxa SELIC serve de base para as demais taxas cobradas pelos bancos e outras instituições financeiras que são incentivados também a reduzir suas taxas. Na mesma direção, a pesquisa realizada pelo IPEA (Instituto de pesquisa econômica aplicada), constatou que, em relação ao mesmo período do ano anterior, o total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu 1% no segundo semestre de 2019.

Segundo análise do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, com base nos dados da Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), todas as linhas de crédito pesquisadas, para pessoa física e jurídica, tiveram suas taxas de juros reduzidas durante o mês de setembro. Sendo a queda registrada para pessoa física de 0,45% e para pessoa jurídica de 0,90%.

TAXA DE JUROS PARA PESSOA JURÍDICA

A taxa de juros média para pessoa jurídica, que reúne as três principais linhas de crédito oferecidas às empresas, registrou queda de 0,90% passando a taxa de juros de 3,33% ao mês (48,16% ao ano) em agosto/2019, para 3,30% ao mês (47,64% ao ano) em setembro/2019. A taxa deste mês é a menor desde janeiro de 2014 (3,29% ao mês – 47,47% ao ano).

Analisando individualmente as taxas, o Capital de Giro foi a que apresentou maior queda (-1,42%) dentre as demais. Vale ressaltar a importância desta modalidade de crédito, que está relacionada ao financiamento das atividades comuns ao dia a dia das empresas. Desta forma, a trajetória de queda do Capital de Giro indica um custo de financiamento mais baixo, facilitando o funcionamento das operações rotineiras das empresas.

No que tange ao Desconto de duplicatas, houve uma redução de 1,19%, passando a taxa de 1,68% ao mês (22,13% ao ano) em agosto de 2019, para 1,66% ao mês (21,84% ao ano) em setembro de 2019. Em relação a Conta garantida, houve uma redução de 1,01% passando a taxa de 6,91% ao mês (122,96% ao ano) em agosto de 2019, para 6,84% ao mês (121,21% ao ano) em setembro de 2019.

PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS MESES

Isto posto, a avaliação do cenário internacional também merece destaque. A guerra comercial EUA x China, a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) e a crise em países emergentes – Argentina, Turquia e África do Sul – são eventos que podem representar entrave ao crescimento econômico. No âmbito nacional, o avanço das reformas estruturais, recuperação da indústria e do mercado de trabalho são fundamentais para a manutenção de um cenário compatível com o desenvolvimento econômico sustentável.

Deste modo, ainda que as expectativas em relação às concessões de crédito sejam positivas, é necessário agir com cautela e responsabilidade. A recomendação é de que os indivíduos pesquisem entre as instituições financeiras, aquela que oferece melhor alternativa de financiamento, com menor custo relativo de contratação.