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Alunos da Unesp Araraquara no maior Programa de Educação Tutorial do Brasil

São 45 grupos: 32 financiados pelo MEC e 13 pela Universidade; ao todo, são 750 estudantes

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Álury Roncolato, aluna Odontologia

Programa de Educação Tutorial (PET), criado em 1979, da Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) tem 842 grupos em 121 Instituições de Ensino Superior (IES) e a instituição com a maior quantidade de grupos PET no Brasil é a Unesp, com 32 grupos.

Em segundo lugar está a USP com 23 grupos, seguida da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com 22, segundo a Coordenação Geral de Relações Estudantis da SESu.

Além dos grupos financiados pelo MEC, a Unesp apoia outros 13, totalizando 45 grupos e 750 estudantes participantes do PET na Universidade.

Lili Zhu Shu Hua, aluna de Economia, câmpus Araraquara

Os estudantes ou “petianos” participam de projetos e trabalhos em pesquisas, ensino e extensão. Atividades que os preparam para a carreira acadêmica. Sob a orientação do professor tutor, o programa também amplia e aprofunda os objetivos e os conteúdos programáticos do respectivo curso de graduação. O que permite aos participantes a realização de ações extracurriculares, favorecendo a formação social e cidadã.

Os “petianos” recebem bolsas de valor mínimo, em torno de R$ 400. Os grupos têm até 12 estudantes de graduação selecionados. A seguir, você pode assistir ao vídeo que traz depoimentos de estudantes, tutores e da administração da Unesp sobre a experiência na Universidade ou ler a esses mesmos testemunhos no texto que segue.

“A UNESP é a instituição de ensino superior brasileira que mais tem grupos do Programa de Educação Tutorial (PET). São 45 ao todo. 32 financiados pelo Ministério da Educação e 13 pela própria Universidade, com 750 alunos participantes. Um terço deles, sem receber bolsa. Todos sob a tutoria de 45 professores que acompanham os estudantes desde o ingresso no Programa até a formatura. São alunos que recebem uma formação diferenciada do início ao fim da graduação”, informa a Gladis Massini-Cagliari, pró-reitora de Graduação (Prograd) da Unesp.

“Para você ser petiano você tem que fazer a pesquisa, e foi justamente isso que motivou também a buscar outras formas de você se inserir no ambiente acadêmico da faculdade”, conta César Aleluia, aluno de Administração Pública, câmpus Araraquara/SP.

“Também representa como que eu posso melhorar a minha graduação explorando outras vertentes da minha própria caminhada acadêmica”, relata Renan Augusto Ramos, aluno de Ciências Sociais, câmpus Araraquara/SP.]

Renan Augusto Ramos, aluno Ciências Sociais

“Tive um contato maior com os professores. Eles chegavam e orientavam. ‘Vamos fazer desse jeito, tem que pesquisar nessa base de dados’. Foi pelo PET mesmo que eu aprendi a fazer essas coisas, até então, eu não sabia por quem e nem por onde começar. Foi o PET que contribuiu no sentido de abrir portas para outras coisas que eu nunca imaginava”, lembra Lili Zhu Shu Hua, aluna de Economia, câmpus Araraquara/SP.

“O Programa de Educação Tutorial é você trabalhar dentro do princípio da horizontalidade. Então, é ensinar aprendendo e aprender ensinando, trabalhando junto com os alunos para o bem do curso de graduação”, destaca a professora Ana Carolina Talamoni, tutora do grupo do câmpus São Vicente/SP.

“A partir do contato com a população e das experiências que o programa incita, o discente desenvolve um olhar mais crítico da realidade e da sua responsabilidade com a comunidade externa”, fala Juliane Vitório Damasceno, aluna de Psicologia, câmpus Assis/SP.

“Toda ação do PET é orientada pelo seguinte princípio: a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão universitária. Nesse sentido, o propósito do programa é desenvolver atividades acadêmicas de excelência, por meio de grupos de aprendizagem coletiva e interdisciplinar; contribuir para a elevação da qualidade da formação acadêmica dos alunos de graduação; estimular a formação de profissionais e docentes de elevada qualificação científica e tecnológica; formular estratégias de desenvolvimento e modernização do ensino; estimular o espírito crítico, a cidadania e a função social da educação superior; introduzir novas práticas pedagógicas na graduação; contribuir para a consolidação e difusão da educação tutorial; e contribuir com a política de diversidade na instituição”, explica a professora Silvana Vidotti, assessora da Prograd.

“Com o PET, tanto minha base teórica quanto minha escrita acadêmica melhoraram, o que foi bastante importante nas demais matérias da graduação. A participação no grupo PET também aumentou minha consciência sobre o papel político da atuação do Psicólogo e da Psicologia”, expressou Juliane Vitório Damasceno, aluna de Psicologia, câmpus Assis/SP.

“O PET me ensinou muito a lidar com as pessoas, com opiniões divergentes da minha, saber conviver melhor, saber relacionar – me com as pessoas e também a melhorar a minha desenvoltura, meu desempenho de falar em público, apresentar projetos, palestras, trabalhar a minha timidez e evoluir pessoalmente”, ressalta Alury Roncolato, aluna de Odontologia, câmpus Araraquara/SP.

“O PET me proporcionou ser uma pessoa mais tranqüila na hora de me expor, na hora de conseguir falar minhas ideias, na hora de externar minhas opiniões, por causa de toda a nossa dinâmica em grupo, isso foi uma dimensão que eu consegui começar a trabalhar pessoalmente”, disse Renan Augusto Ramos, aluno de Ciências Sociais, câmpus Araraquara/SP.

“Há troca de experiência entre eles, uma vez que aprendem em par, com seus pares, integrantes de vários níveis no grupo, de veteranos a petianos ingressantes”, declara a professora Patrícia Borba Marqueto, tutora do grupo PET da Administração Pública, câmpus Araraquara/SP.

“Na minha vida pessoal, o PET ensinou – me a ser mais humano. Ele te ensina a se relacionar melhor com as pessoas, a ser mais empático com a situação do outro. A querer ajudar o outro naquilo que você conseguir e souber e sempre respeitar as diversas opiniões e diferenças que existem”, afirma Alury Roncolato, aluna de Odontologia, câmpus Araraquara/SP.

“O PET me ajudou a crescer, a ter aquela coragem de encarar as coisas, os novos desafios, porque dentro do grupo, por mais que seja um trabalho em equipe, tem sempre alguns conflitos, e nisso o PET ajudou – me muito, de saber como lidar com as coisas que aparecem de repente, com os imprevistos”, expôs Lili Zhu Shu Hua, aluna de Economia, câmpus Araraquara/SP.

César Aleluia, aluno Administração de Empresas

“Para mim, o PET foi um acolhedor. No meu segundo ano de Unesp, eu perdi minha mãe que era tudo para mim. A minha mãe e o meu irmão eram minha família. O PET foi uma família para mim, eles impactaram tanto, me acolheram de uma forma inexplicável, que eu tenho uma gratidão enorme pelo grupo, por tudo que me ofereceram, por tudo que representou para mim”, confessa César Aleluia, aluno de Administração Pública, câmpus Araraquara/SP.

“O impacto do Programa de Educação Tutorial (PET) na formação de nossos alunos é imensurável. Eu acho que essa é a palavra que me vem à cabeça, pois a grande finalidade que esse Programa tem, é de criar, além de profissionais melhores, seres humanos melhores”, conclui o professor Luiz Fabiano Palaretti, tutor do grupo PET de Engenharia Agronômica, câmpus Jaboticabal/SP.