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Pelé completa 80 anos com Araraquara fazendo parte de sua história

Não foi só balançando as redes contra a Ferroviária, na Fonte Luminosa, em que o Rei do Futebol marcou o seu nome com brilhantismo. A Morada do Sol também foi o seu espaço para visitas e descansos nas horas vagas

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Crédito: Divulgação

A sexta-feira de 23 de outubro de 2020 é especial para o mundo do futebol e nem a pandemia poderia tirar isso. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, comemora 80 anos de uma história que jamais será apagada por seu desfile com a camisa alvinegra do Santos ou com a verde e amarela da Seleção Brasileira.

Porém, antes do sucesso, o menino de Três Corações, Minas Gerais, mudou com sua família para Bauru, onde começaria a sua fase de jogador de futebol no Bauru Atlético Clube, o popular Baquinho.

Com grandes apresentações, o pequeno Edson mostraria o seu futebol vestindo a camisa do Noroeste em três oportunidades, uma delas contra o Santos, despertando uma grande cobiça em tê-lo com apenas 15 anos.

Claro que Araraquara não ficaria fora de sua rota futebolística, até porque um dos maiores times da história vinha encarar a Ferroviária, na Fonte Luminosa, onde toda a cidade parava para acompanhar a história que se escrevia ali.

Em um memorável 4 de setembro de 1960, o Pexei encarou a Locomotiva em Araraquara e foi atropelado por 4 a 0, sendo dois gols de Faustino e outros de Baiano e Antoninho. Porém, a cidade ficou reservada, simultaneamente, para a presença ilustre do filósofo e escritor francês, Jean-Paul Sartre, que participou de uma conferência na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara, na época localizada na Rua São Bento (Rua 3), a qual é a Casa da Cultura hoje em dia.

Fora dos das quatro linhas, Pelé também fazia suas visitas à Morada do Sol. Aproveitava as suas estadias com o time santista aqui ou na região para passear por aí. Até mesmo quando o time da baixada realizou uma partida amistosa contra a Ferrinha no campo da Usina Tamoio, em 1970, na comemoração do aniversário da Refinadora Paulista S/A. O time grená venceu por 1 a 0, gol marcado por Amaral, no segundo tempo. Meses depois, o Brasil se tornaria tricampeão mundial em uma das maiores seleções que o planeta já viu.

De acordo com a estatística levantada pela Federação Paulista de Futebol, dos 466 gols marcados por Pelé na história do Paulistão, a Locomotiva foi a oitava “vítima” do Rei, onde deixou sua marca em 23 oportunidades. O Juventus, da Mooca, é o que mais sofreu, marcando 43 vezes.

O jornalista araraquarense e colunista do Portal RCIA, Adilson Tellaroli, entrevistando Pelé na rádio A Voz Araraquarense, na Estância Suíça, em São Carlos, no ano de 1965

Além do futebol, o Rei visitava corriqueiramente o professor de Educação Física da UNESP, Júlio Mazzei, o qual era o seu preparador físico e também intermediou sua ida para os Estados Unidos para jogar no New York Cosmos.

Um áudio raro de 1975 tem a presença de Bazani, o maior jogador da história da Ferroviária, entrevistando Pelé para Rádio Cultura durante sua passagem por Araraquara, o qual conta um pouco de sua passagem pelo futebol norte-americano.

Vida longa ao Rei!

Com informações do Museu do Futebol e Esportes de Araraquara