A Ferroviária tenta juntar os cacos depois do rebaixamento para o Campeonato Paulista da Série A2, mas já sabe que terá uma perda bastante significativa em seu caixa.
Como ficou oito anos consecutivos na primeira divisão, o clube ganhou uma sustentação milionária com as cotas dos direitos de TV, que são distribuídas a todos os 16 participantes na elite paulistana.
De acordo com o balanço divulgado pelo clube, referente a temporada 2020, ainda com os acordos feitos com o Grupo Globo na época, os valores chegavam a quase R$ 5,5 milhões.
Porém, com a chegada da LiveMode para a comercialização dos direitos televisivos da competição, o aumento de transmissões por outros canais aumentou a partir de 2022, com as chegadas da Record TV, YouTube, TNT e HBO Max Hoje, os valores estimados são entre R$ 6 e R$ 8 milhões para os clubes, com exceção aos grandes de São Paulo.
Logo após o empate sem gols diante da Inter de Limeira, o diretor executivo de futebol da Ferrinha, Rodrigo Possebon, disse que o clube deverá passar por uma reestruturação em seus departamentos e que isso causará um grande impacto com a ausência da cota televisiva.
“Sem dúvida alguma, é um impacto importante. O clube vai ter que se readequar. Nós vamos fazer um redimensionamento, os valores caem, mas a partir de amanhã [segunda-feira], vou começar a trabalhar muito para que dentro das nossas condições já consiga colocar em prática. A Série D é o nosso principal objetivo e no próximo Campeonato Paulista vamos fazer de tudo com as ferramentas que a gente tem, colocar de volta a Ferroviária na elite do futebol paulista”, declarou o diretor.
Na Série A2 deste ano, que tem o naming rights da fabricante de veículos KIA, a premiação estimada é de R$ 280 mil ao campeão, enquanto o vice ficará com R$ 200 mil, de acordo com o site EscanteioSP.