Com o futebol brasileiro paralisado devido a pandemia do Coronavírus (COVID-19), a Ferroviária continua o seu planejamento para a disputa da Série D do Brasileiro, que deverá começar no segundo semestre.
Mesmo com o Paulistão interrompido, faltando ainda duas rodadas para o termino da primeira fase, a diretoria trabalha para manter boa parte do elenco, mas a missão é difícil.
Os jogadores, que possuem contratos curtos, até o fim do estadual, dificilmente permanecerão para o restante da temporada. O zagueiro Carlão e o atacante Caio Rangel, por exemplo, possuem contratos até o dia 30 de abril, visto que possuem mercado para jogar em divisões superiores no Brasileiro. Outros que estão na mesma situação são o lateral-esquerdo Euller, os meio-campistas Pablo e Patrick Brey, e os atacantes Henan e Yuri.
Já o restante, que possuem contratos mais longos, segue em conversas com a diretoria para definirem os seus futuros e, assim como aconteceu em outras temporadas, podem ser emprestados para outros clubes no segundo semestre.
“Nós não precisamos mais nos desfazer dos principais atletas do elenco. A Ferroviária terá folego no segundo semestre para ser muito competitiva na Série D. Aliás, qualifico essa competição como a principal do clube na temporada. Desde o início nosso planejamento foi elaborado pensando em construir uma base sólida para a disputa do Brasileiro”, declarou Saul Klein, em entrevista ao Globoesporte.com.
O volante Tony, um dos principais jogadores da equipe, deve permanecer e pode ser a grande novidade para a disputa na Série D. O envolvimento do jogador com o clube e da família com a cidade, podem ser fatores determinantes como “grande reforço” na competição.
Autor do gol de empate por 1 a 1 contra o Palmeiras, pelo Paulistão deste ano, o jogador de 33 anos já havia manifestado todo o seu amor pelo clube.
“Hoje, se eu tivesse que sair de Araraquara e da Ferroviária, eu poderia sair, mas Araraquara jamais sairá dos nossos corações, meu, da minha esposa e da nossa família. Nos adaptamos muito bem na cidade e nos acolheram muito bem. Tenho um bom relacionamento com praticamente todos. Quem não gosta de mim, me respeita. Acho que isso é importante. É óbvio que não vamos agradar todo mundo, mas eu sou feliz de verdade de vestir essa camisa que tem que ser respeitada no futebol brasileiro, por tudo que já fez no Campeonato Paulista. Eu espero escrever o meu nome na história da Ferroviária”, disse no dia 7 de março.
REFORÇOS
Os nomes são guardados a sete chaves, mas a Ferroviária já teria acertado com alguns jogadores para a disputa da Série D.
Por conta da pandemia do Coronavírus, as assinaturas de contrato ainda não aconteceram, por isso, ainda não foram anunciados, como é de praxe da diretoria grená.
TÉCNICO
Após a demissão do treinador Sérgio Soares, a diretoria mantém a calma e não tem muita pressa para definir o novo comandante grená para a Série D.
Porém, dois nomes foram comentados nos últimos dias. O primeiro foi do técnico Paulo Roberto Santos, atualmente no Santo André, mas o mesmo não faz parte dos planos. Outro nome que se comentou nos bastidores foi do treinador do Sub-20 da Locomotiva, Leonardo Mendes, mas também não cogita-se a efetivação.
O perfil traçado pela diretoria é de um treinador jovem, mas que tenha conceitos modernos dentro do futebol e consiga por em prática na rotina dos treinamentos.
A Ferroviária está no Grupo 7 da Série D do Brasileiro, juntamente com Portuguesa-RJ, Bangu-RJ, Cabofriense-RJ, Nacional-PR, Toledo-PR, Cascavel-PR e Mirassol. O primeiro confronto será diante do Nacional, fora de casa.
