A estreia com derrota na Brasil Ladies Cup deixou a Ferroviária atenta para os próximos os dois próximos jogos.
Com poucas horas de intervalo de um jogo para o outro, a treinadora Jéssica de Lima falou sobre o comportamento da equipe diante do São Paulo mesmo com alguns desfalques que estão servindo as seleções: a goleira Luciana (Brasil), e as meias Fany Gauto (Paraguai) e Suzane (Portugal).
Em meio ao revés, ela destacou Eudimilla, atacante que joga pelos lados, atuando mais pelo meio, ajudando na armação no sistema ofensivo.
“O futebol é eficiência. Posso ficar falando aqui, mas é quem faz o gol. Olhando friamente como treinadora, a gente evoluiu em muita coisa, na minha opinião. Hoje, as ações estão mais conscientes, as interpretações estão melhores e até as modificações que fiz, foram bem. A Eudimilla acabou jogando mais pelo meio, mas é claro que não é totalmente a dela. Jogar contra um time cascudo como o São Paulo, que chega junto e diminui o espaço, talvez em um posicionamento lateral pra poder receber e ir avançando. Quem não é da posição, sente um pouco. Ela foi muito bem e conseguiu suprir aquele momento”, analisou Jéssica.
A treinadora destacou a “coragem” das Guerreiras Grenás em sair com o domínio da posse de bola do sistema defensivo, fazendo com que a pressão do adversário diminuísse. Ela destacou este ponto como um bom fator depois da eliminação da Libertadores Feminina.
“No primeiro tempo, achei muito parelho, disputado e dentro das nossas propostas, a gente conseguiu sair dessa pressão alta do São Paulo. É uma equipe muito forte que tem o entrosamento muito grande, jogam há muito tempo juntas e sabem as leituras de encaixe. Mesmo assim, estávamos saindo muito bem dessa situação. Até pontuamos depois que na Libertadores, contra o Deportivo Cali, faltou um pouquinho mais de coragem de jogar, precisávamos ter mais confiança na saída e até fizemos bem isso”, detalhou.
Porém, a defesa ainda tem dado bastante dor de cabeça com as transições nas quais os ataques das Soberanas poderiam ser evitados com faltas pontuais para que a defesa tivesse recomposta.
“A nossa transição defensiva tem que ser mais sagaz, inteligente e interpretativa. Tem que saber que qualquer avanço do adversário possa resultar em gol. Não podemos deixar sempre para a linha de trás resolver. Tem até a falta tática. Acho que em certos momentos faz parte, tanto que o São Paulo utilizou deste artifício por muito tempo e aconteceu muito também na Libertadores. As equipes conseguiam cadenciar o jogo desta maneira”, contou.
Nesta quinta-feira (10), a Ferroviária volta a campo para encarar a Universidad-CHI, às 15h, no estádio Zezinho Magalhães, em Jaú, pela segunda rodada.