A Ferroviária segue se preparando para a temporada 2021 e tem como primeiro obstáculo a disputa da Copa Libertadores Feminina, que acontece entre os dias 5 e 21 de março, na Argentina.
Em sua primeira entrevista coletiva, a treinadora Lindsay Camila falou mais sobre a estruturação passada pelo clube. Seu último trabalho como auxiliar na Seleção Brasileira Sub-17, ela falou sobre a utilização das jogadoras vindas das categorias de base e do processo que cada atleta deve passar até chegar ao profissional.
– Eu vim de um trabalho com a base. Quando a gente pensa em futebol masculino, a gente vê um ou dois [jogadores], que são diferenciados, subindo para o time principal, pulando etapas. Aqui, a gente vai tentar fazer com que a atleta passe por todas as etapas de formação, para que cheguem no time adulto formadas e pouco mais completa do que a minha e outras gerações tiveram.
– No adulto, temos partes que precisamos aprimorar e melhorar do que não tivemos na base. Não adianta pegar uma menina de 15 anos e colocar no time adulto, colocando pressão. Essa reestruturação precisa ser feita com calma e bem trabalhada para que a atleta não sinta pressão e possa jogar – lembrou a treinadora.
Oriunda das categorias de base e de volta ao clube, a volante Nicoly também ressaltou o trabalho feito com as atletas em formação e espera que muitas deltas possam integrar o time principal.
– Eu sei da importância que esse clube da para base e das meninas que tem muita qualidade. As meninas que estão jogando no Sub-17 e Sub-20 tem muito potencial para estarem com a gente. Eu não vejo a hora delas estarem com a gente também. Elas têm muita qualidade e tendo toda a estrutura, tenho certeza que a base vem forte de verdade – contou a jogadora.
Com investimento feito a partir do ano passado, a gerente de futebol, Carol Melo, falou sobre a chegada de profissionais ao clube, como a Joyce Brandão, que faz a captação de atletas para a base, e também de Roberta Batista, coordenadora metodológica, e cuida do processo de transição das atletas em formação para o profissional.
– A Ferroviária é um clube formador e, dentro do futebol feminino, não forma apenas atletas, mas também excelentes profissionais. Essa atenção dada na base evoluiu do ano passado para cá. Se olhar o elenco hoje, nós temos 10 atletas que foram formadas aqui. Então, é um clube que trabalhou muito a base, fomentou a modalidade e deu esta atenção. A Ferroviária sempre tem fortalecido este trabalho, o projeto e o vice-campeonato no Paulista foi o resultado disso – destacou Carol.
As atletas que foram formadas na base e que estão no elenco profissional: a goleira Lucilene, as zagueiras Géssica, Andreia Rosa, Prado e Luana; a volante Nicoly; a meia Rafa Mineira e as atacante Maísa e Thaicyane.
Lucielene, Prado e Maísa integram o elenco Sub-18 que está disputando o Brasileiro Feminino, na cidade de Sorocaba.
A equipe lidera o Grupo F com sete pontos ganhos em três jogos disputados e volta a campo nesta terça-feira, às 15h30, para encarar o Vasco da Gama, pela abertura do returno da competição.
