A Ferroviária foi surpreendida e ficou sem o Certificado de Clube Formador, o qual a CBF destina aos clubes especializados na formação de atletas em suas categorias de base.
Em lista atualizada no último dia 1º, o CCF contemplou 28 clubes de todo o Brasil, incluindo os do estado de São Paulo, como Palmeiras, São Paulo, Santos, Red Bulll Bragantino, Desportivo Brasil, Grêmio Novorizontino, Guarani e Ituano. O Corinthians também ficou de fora.
Porém, um fator foi determinante para que a Locomotiva ficasse de fora da seleta lista: a pandemia. Recentemente, o clube arrendou o hotel Font Inn, no centro da cidade, como local de hospedagem de seus atletas das categorias de base e precisou passar por algumas adequações para atender aos requisitos impostos pela entidade máxima do futebol.
A parte burocrática atrasou por conta de setores jurídicos terem sido afetados pela pandemia do coronavírus, fazendo a tramitação de toda a documentação demorar mais que o normal.
SEM PRESSA
Por ainda não ter um prazo estipulado para a regularização, todas as atividades das categorias de base da Ferroviária (Sub-15, 17 e 20) estão suspensas por conta da covid-19.
A realização de campeonatos durante a fase emergencial do Plano SP, imposta pelo Governo Estadual, também estão paralisadas devido ao agravamento da pandemia do coronavírus.
Boa parte dos atletas retornaram para as suas casas até que a situação esteja controlada e haja uma flexibilização.
O CCF
Em cumprimento ao disposto na Lei Pelé (Lei 9615/98), a CBF, com o apoio das Federações Estaduais, emite o Certificado de Clube Formador, com o objetivo de atestar quais clubes cumprem com os requisitos legais para a devida formação técnica e social de atletas no Brasil.
Desde 2017, a Ferroviária possuía o CCF, atendendo uma série de exigências são feitas pela entidade para que os clubes possam receber este certificado, como salubridade nas instalações no CT e alojamento, alimentação, higiene e segurança.
Com este documento, que possui um ano de validade, as instituições não correm riscos de seus jogadores sofrerem aliciamentos, ficam com a prioridade de assinar o primeiro contrato profissional, além de terem a garantia do atleta entre 14 e 16 anos sair mediante a uma indenização, e de poder receber um percentual em futuras negociações, como os mecanismos de solidariedade da FIFA.
