Após a dramática e histórica classificação nos pênaltis diante da Universidad de Chile, a Ferroviária chega em mais uma decisão da Libertadores Feminina.
Em sua quarta participação, é a terceira vez que a equipe chega na final, a segunda consecutiva. Em 2015 ganhou o título em cima do Colo-Colo, do Chile, e no ano passado foi derrotada pelo Corinthians.
Lindsay Camila pode também conseguir um outro feito. Logo em sua primeira competição com as Guerreiras Grenás, ela pode ser a primeira treinadora a conquistar o título continental. Por enquanto, o foco está na decisão, contra o América de Cali.
– É muito satisfatório estar aqui. Isso de ser a primeira mulher, vai ser importante se acontecer. Mas, enquanto isso não acontece, temos que pensar no que a gente pode melhorar, conversar sobre o próximo jogo –
Depois do jogo contra a La U, ela comentou sobre a atuação da goleira Luciana nas penalidades, defendendo três cobranças, ajudando assim a colocar a equipe na grande final mais uma vez.
– A emoção é absurda. Uma coisa eu tinha certeza, que a Lu ia pegar pênalti porque ela é muito boa no que faz. É uma ótima goleira e uma das melhores do Brasil. Quando se fala em Ferroviária e pênalti, a gente sabe que a Luciana vai estar lá.
Sem tempo para treinos, Lindsay reconhece que o futebol apresentado pela equipe não é bonito, mas a entrega nas partidas de cada jogadora tem sido um diferencial para o seu crescimento dentro da competição, passando de forma emocionante da fase de grupos até chegar na final.
– A gente joga depois de 72 horas. É um curto espaço de tempo para cada jogo. Não conseguimos impor aquilo que temos treinado e que é da nossa vontade. Mas o crescimento é muito importante, as responsabilidades também do que elas vêm fazendo e acho que vamos nos preparar bem para o restante do ano.
Agora, Ferroviária se concentra para a decisão diante do América de Cali, domingo, às 19h45 (Brasília), no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires.