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Covid: Mesmo com vacinação, medidas de prevenção precisam ser reforçadas

Crescimento do número de vacinados, principalmente entre idosos, não afasta necessidade de medidas preventivas inclusive em quem já foi imunizado

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Silvia Fonseca, Diretora Nacional de Infectologia da Rede Hapvida

O surgimento de novas cepas da Covid-19, o agravamento dos casos de contaminação e o aumento de mortes em decorrência da doença exigem o reforço das medidas de prevenção mesmo com o avanço da vacinação, que neste momento contempla o público idoso. Assim, o uso de máscaras, higienização das mãos e medidas de isolamento social ainda são as principais alternativas segundo as autoridades de saúde.

A médica infectologista Silvia Fonseca, Diretora Nacional de Infectologia da Rede Hapvida, que administra o Grupo São Francisco, ressalta que mesmo com a vacinação, os riscos da pandemia continuam e que a população ainda enfrenta um momento delicado exigindo todos cuidados necessários.

“As vacinas contra o novo coronavírus representam a esperança de controle desta infecção. Para controlar essa pandemia, além de máscaras, álcool em gel e distanciamento social, precisamos dos imunizantes. No entanto, as pessoas devem continuar adotando o isolamento, evitando aglomerações e reforçando os cuidados em relação às medidas de prevenção à Covid-19”, orienta.

A Diretora Nacional de Infectologia da Rede Hapvida recomenda ainda que, neste momento, o ideal é sair de casa somente em casos essenciais, evitando viagens e situações de risco, além de reforçar os cuidados necessários de proteção. “As pessoas se sentem cansadas com as restrições impostas pelo cenário da pandemia, mas não podemos aglomerar porque esse vírus continua por aí. Precisamos evitar a contaminação”, ressalta Silvia.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o avanço das etapas de vacinação e aumento da imunização da população não excluem as medidas de prevenção que são importantes para reduzir a proliferação das variantes como da África do Sul (B.1.351), do Reino Unido (B.1.1.7), a P.1, do Amazonas, e a P.2, do Rio de Janeiro, que apresentam maior carga viral e transmissão mais rápida. No Brasil, até a primeira quinzena de março, foram registrados 11,4 milhões de casos de infecção e mais de 278 mil mortes pela doença.

VACINAÇÃO

A Diretora Nacional de Infectologia da Rede Hapvida destaca ainda a importância da vacina para a prevenção da doença e redução da circulação do vírus.

“Existem doenças como a poliomielite, coqueluche e sarampo que diminuíram muito graças à vacinação rotineira do primeiro ano de vida. Os vírus e bactérias continuam existindo na natureza, mas graças aos processos de imunização, as pessoas pouco adoecem destas infecções preveníveis por vacinas. Com a Covid-19 ocorreu algo semelhante, já que é transmitida por um vírus e passa facilmente entre as pessoas, por isso, a vacinação é tão importante”, orienta Silvia.

De acordo com a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), até o dia 10 de março, cerca de 3,5 milhões de pessoas haviam sido imunizadas no estado de São Paulo, sendo que cerca de 2,5 milhões receberam a primeira dose e mais de 946 mil receberam a segunda aplicação.