Trocar informações. É desta forma que podemos definir o teor da missão dos diretores da Canasol que visitaram recentemente usinas em Pernambuco. Para eles é importante saber como utilizar o desenvolvimento da ciência e da tecnologia na gestão dos negócios.
O cooperativismo pode ser uma das soluções para o funcionamento das usinas desativadas no País nos últimos anos, em razão da crise econômica. O retorno da produção de açúcar e álcool nessas unidades daria novas oportunidades aos produtores e fornecedores de cana, além de aumentar a concorrência no setor. Em dezembro de 2017, diretores da Canasol estiveram em Pernambuco participando da reunião da Comissão Nacional de Cana da CNA – Confederação Nacional da Agricultura, onde visitaram duas usinas daquele Estado, administradas por cooperativasde produtores.
Na ocasião, o presidente Luís Henrique Scabello de Oliveira e os diretores Jorge Luiz Piquera Lozano, Romualdo Luiz Vanalli Polez e Nicolau de Souza Freitas conheceram as Usinas Pumaty, no município de Palmares (Joaquim Nabuco) e Cruangi, (Joaquim Nabuco) e Cruangi, em Timbaúba, na Zona da Mata pernambucana.
As usinas, segundo Luís Henrique, são administradas respectivamente pelas Cooperativas AGROCAN e COAF onde os resultados estão sendo animadores. No seu retorno a nossa cidade, ele destacou que embora a realidade de cada Estado seja diferente, a proposta tem vantagens, pois a união dos produtores em torno de cooperativas pode trazer vários benefícios.
O encontro promovido pela Comissão Nacional de Cana reuniu produtores e representantes do setor canavieiro dos Estados do Paraná, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Alagoas.
CRISE ECONÔMICA E O FECHAMENTO DE USINAS
As mudanças na regulamentaçãodo setor, a colheita mecanizada, a modernização e as estratégias demercado adotadas pelos grupos controladores transformaram o setor produtivo da cana. Várias usinas ficaram obsoletas e os administradores optaram por centralizar a moagem em unidades maiores e eficientes. Mais de 80 Usinas das quase 400 existentes no Brasil foram fechadas nos últimos anos, dessas, aproximadamente 50 na macrorregião de Ribeirão Preto que abrange Araraquara e demais cidades integrantes do tradicional polo produtivo da cana no Estado de São Paulo.
Para os especialistas e estudiosos do setor, muitas dessas usinas possuem condições físicas de funcionamento, mas dificilmente voltarão a operar, a não ser que haja uma melhora substancial na economia e no consumo de açúcar e álcool não só no Brasil como no mundo. As cooperativasde produtores nesse caso teriam grande chance de absorver algumas dessas usinas.