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 Edinho detalha “Bolsa Cidadania” a gestores da Assistência Social, Saúde e Educação

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Servidores reunidos com o prefeito nesta terça (7) atuam nas unidades que compõem o Programa Territórios em Rede

Bosa Cidadania 02

O prefeito Edinho se reuniu na tarde desta terça-feira (7) com gestores das Secretarias Municipais de Assistência e Desenvolvimento Social, da Saúde e da Educação que atuam nas unidades que compõem o Programa Territórios em Rede. O objetivo do encontro, realizado no Centro de Desenvolvimento Profissional de Educadores “Professor Paulo Freire” da Secretaria Municipal da Educação, foi detalhar o programa de transferência de renda e incentivo à inclusão produtiva, o Bolsa Cidadania, que foi enviado para apreciação da Câmara Municipal.

Se aprovado, o programa será coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e pela Secretaria Municipal do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico, através da Coordenadoria Executiva do Trabalho e de Economia Criativa e Solidária. Sua finalidade é garantir dignidade às famílias que hoje vivem em extrema vulnerabilidade social, por conta da crise econômica e do desemprego. Em contrapartida a essa renda mínima, que inicialmente receberão por um período de seis meses, podendo ser ampliado por mais seis meses, os beneficiados terão que participar de cursos de qualificação profissional, manter os filhos na escola e se inserir em programas municipais de fortalecimento dos vínculos familiares.

O prefeito Edinho iniciou a conversa, ao lado da secretária municipal Jacqueline Barbosa, defendendo o programa como uma resposta à situação de extrema vulnerabilidade que atinge uma importante parcela da população de Araraquara. “Infelizmente, muitas pessoas não estão tendo o mínimo para o sustento familiar. São famílias literalmente passando fome. E fome é agressiva e humilhante”, enfatizou. “A modernização agroindustrial mudou o perfil do trabalhador da nossa região, não temos mais cortador de cana o colhedor de laranja como antes, além da crise no setor metalúrgico. Diante desta nova realidade, o que poderá gerar empregabilidade é o setor de serviços. E é nesse setor que a mão de obra qualificada nos cursos do Bolsa Cidadania poderá ser inserida”, completou.  

Ele explanou a vulnerabilidade social que vem degradando as famílias em números: cerca 700 famílias precisavam de ajuda alimentar em 2017, ou seja, elas recebiam cesta básica do município. Pelos cálculos da Assistência e Desenvolvimento Social, esse número deverá chegar a 3.200 famílias no final deste ano.

Além disso, Araraquara tem hoje 11.305 famílias inscritas no Cadastro Único, ou seja, mais de 45 mil pessoas, considerando a média de 4 pessoas por família, que necessitam de ajuda do poder público. São 6.540 famílias vivendo com até 25% do salário mínimo per capita mês (mais de 26 mil pessoas) e 4.612 famílias vivendo com até 15% do per capita mês (mais de 18 mil pessoas).

“Essa dura realidade atinge de forma muito pesada as famílias, principalmente dos bairros de Araraquara, onde é fácil encontrar adolescentes sendo cooptados pelo tráfico de drogas e meninas pela prostituição”, alertou o prefeito.

Edinho explicou ainda que a tendência de ampliação das despesas orçamentárias para o combate à pobreza é um fato e, com Bolsa Cidadania, a Prefeitura vai conseguir organizar e otimizar sua atual dotação em um programa com objetivos e metas. Principalmente, criando a chamada “porta de saída” para o desemprego com oferecimento de cursos de requalificação profissional, a frequência escolar dos filhos dos beneficiados e obrigatoriedade na inserção dos mesmos nos programas municipais de fortalecimento dos vínculos familiares.

“E o cartão é diferente da cesta básica retirada no balcão da Prefeitura, dos Cras. O programa institui uma relação de dignidade para com os beneficiários, porque eles têm o direito de escolher o que comprar no supermercado, de realizar a própria compra. E para afastar polêmicas, o cartão impede despesas de bebidas alcoólicas”, acrescentou o prefeito, destacando também que o Bolsa Cidadania significará mais recursos circulando no comércio local, já que hoje, por conta de processo licitatório, as empresas fornecedoras de cestas básicas para a Prefeitura são de São Paulo.