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Em uma Incubadora as empresas se juntam e projetam crescimento

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Louvável a iniciativa de pequenos empreendedores que sonham e se esforçam para alcançar seus objetivos. Quatorze pequenas empresas merecem elogios

Incubadora 94Elenice Superche, proprietária da Lê Massas e sua colaboradora Evelin Martini

A Incubadora de Empresas em Araraquara, que é um programa formado em parceria pela Prefeitura do Município e Unesp, explicita que tempo de crise também é tempo de empreender. Quando o desemprego bate à porta, para muitos é hora de montar o próprio negócio, com bases sólidas.

Para o gerente da Incubadora, Lucas José Campanha, é importante na hora de abrir sua empresa ter apoio e base administrativa. Estudos já indicam que de 10 empresas que são abertas fora da entidade, sete não sobrevivem. Já quando existe acompanhamento administrativo e de gestão oferecidos às empresas, o caso se inverte e apenas três não seguem adiante.

No momento estão na incubadora 13 empresas residentes entre tradicionais e mistas, que desenvolvem seus trabalhos nos boxes disponibilizados pela entidade, e também, sete associadas que têm sede própria e vão até o programa receber todo suporte como assessoria administrativa, financeira, gerenciais e mais um leque de opções que são ofertados aos empresários em início de negócio.

Karina Arena Avibar, colaboradora do Bistrô Animal

Para Lucas, empreender nos dias atuais é um desafio, mas a perspectiva é otimista, “todos esperam que a economia cresça, para que possamos nos desenvolver, se a economia não cresce ficamos estagnados”, afirma o gerente.

Para que uma empresa tenha sucesso, Lucas ressalta que é necessário muita dedicação e não tratar o empreendedorismo como segunda opção, sem contar as dificuldades do mercado que ele enfrenta, que são as maiores e a entidade minimiza essas dificuldades. Mas não existem garantias de que 100%  das empresas darão certo.

A INCUBADORA

A administradora e mestre em gestão Geralda Ramalheiro, que acompanha o dia a dia dos empreendedores residentes e associados, diz que a maturação da empresa se dá cada uma em seu tempo. “A empresa que vem de um contexto familiar tem um olhar, aquela que vem das universidades, pautadas em pesquisas, tem outra demanda. Uma das dificuldades que percebemos é a mistura de vida particular com a da empresa, alguns não sabem o que esperam da empresa, falta estratégia. Então trabalhamos no sentido de se antecipar às demandas, criatividade de mercado, criar diferencial. Por mais que já exista esse produto no mercado, vamos tentar trazê-lo de forma diferenciada, agregar valor, mudar a visão cultural, afinal cada um tem suas particularidades”, diz ela.

Marco Cavallieri, Ricardo Bonotto, Geralda Ramalheiro e Lucas José Campanha, responsáveis pela Incubadora

Geralda ressalta ainda que muitos empreendedores têm dificuldades de buscar recursos, pois não sabem que há fundos perdidos da Secretaria do Estado ou ainda não conseguem montar projetos para ir em busca dessa verba; “então entramos com todo suporte”. Cada empresa fica incubada por três anos, o que seria a fase mais crítica, assim sendo, sai daqui com bases sólidas para que possa trilhar seu caminho e com sucesso, completa.

O economista Ricardo Bonotto, que também atua junto aos incubados, assegura que a economia ainda está patinando, e que pelo ponto de vista psicológico, os recordes da bolsa de valores são bons, onde se tem um mercado mais estabilizado. A tendência é trazer investimentos para o país, mas não na velocidade que o mercado precisa, argumenta.

“A estabilização será lenta, já começamos com uma pequena recuperação em 2018, mínima  ainda, voltamos ao patamar econômico de 2010, perdemos praticamente dez anos. Pelas análises, no final do governo Bolsonaro, se tudo caminhar dentro das expectativas, subiremos aos níveis de 2013, não tem mágica”, afirma Bonotto

O economista acredita na recuperação moderada do país e ressalta que Araraquara sempre foi uma cidade blindada de crises econômicas, mas nessa última, perdeu o potencial. Segundo ele, o fato da quebra da IESA influenciou muito, “precisaríamos de seis Randon para suprir a baixa da IESA”. Justifica ainda que isso mostra que a cidade apesar de ser de porte médio, depende de grandes empresas, sem contar que grandes usinas entraram em decadência impactando economicamente o município.

Para o economista, a máquina pública pode apenas tentar destravar a economia local, desonerando algumas empresas com o IPTU e ISSQN, até porque o poder público municipal é muito restrito.

OS INCUBADOS

Drones fabricados pela Aerofort Dress

Saiba quais os empreendedores incubados e associados que recebem assessoria completa da entidade.

MicroTube

Fabricação: ferramentas/precisão

Daloira Pimentas

Fabricação: conservas de legumes

Lê Massas

Fabricação: massas alimentícias

BioSmart Nanotechnology

Especializada em nanotecnologia

Açaizeiro Express (Associada)

Varejo de produtos alimentícios ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente

Estação 22 Hamburgueria (Associada)

Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares

Biscoitos da Vovó (Associada)

Fabricação de biscoitos caseiros

Forno Vegano

Fabricação de alimentos veganos

Biancardi Shop (Associada)

Loja de roupas e acessórios country

Sarada Fit

Confecção de roupas fitness

Bistrô Animal

Fabricação Alimentos Naturais para Pets

Techmip

Análise de testes rápidos e clínicos

Presense

Sensor de gás e serviços técnicos

Quatrochi

Fabricação de massas

Marcia Gibran Cozinha Árabe

Fabricação de doces e salgados árabes

100% Pura

Fabricação de alimentos veganos

Aerofort Dress

Fabricação de drones