Em meio a polêmicas, nem prefeitura nem atual presidente aparecem na Associação para a entrega das chaves
O Tribunal de Justiça de São Paulo, Comarca de Araraquara emitiu uma certidão em 31 de outubro de 2018, julgando procedente a nomeação de Cidinha Pavanelli como administradora provisória da Associação Atlética Ferroviária, que deveria tomar posse em 1º de fevereiro de 2019.
O ofício dando conta das novas prerrogativas foi entregue ao prefeito Municipal Edinho Silva (PT), através de protocolo, no dia 7 de dezembro sob nº 001.839/2010, e também ao atual presidente da entidade, Edson Aparecido de Souza, o Legui, que não foi até o local para entregar as chaves e fazer uma transição amigável.
Segundo Cidinha, seu advogado Dr. Paulo Sérgio Aparecido Vianna, entrou em contato com Legui na tarde de segunda-feira (4), e ele disse que não iria, pois afirmou não ter recebido nenhuma intimação. Na manhã dessa terça-feira (5), não foi ao encontro da nova diretoria que o aguardava no portão da Atlética, afirmando não estar de posse das chaves. Disse também já ter conversado com a Secretaria de Esportes do Município e a orientação que lhe foi passada é de que “o espaço pertence ao município e caso alguém lhe procurasse, deveria mandar procurar a prefeitura”. Ressaltou ainda que não tem nenhuma documentação e que o CNPJ da Associação está cancelado desde de 2012.
A polícia esteve no local para que a transição fosse feita dentro da ordem e legalidade, mas não foi possível realizá-la amigavelmente. Cidinha entra agora, com um pedido na Justiça, para que um oficial de justiça a acompanhe, quando assim, o portão deverá ser aberto.
Vale ressaltar, que Cidinha entrou em contato via telefone com o prefeito Edinho, para saber como seria feita sua posse, mas não conseguiu resposta para um agendamento de reunião. Hoje pela manhã, um dos diretores da Atlética recebeu um recado da prefeitura, afirmando que o prefeito não fora notificado da ação da Justiça, muito embora, ela esteja protocolada na prefeitura.
Segundo a nova diretoria composta por Cidinha, a Atlética vem sofrendo com desmandos ano a ano, tem dívidas com a CPFL que giram em torno de R$ 15mil, não tem alvará de bombeiros, vigilância sanitária, seu salão de festas está sublocado, o local é visitado frequentemente por usuários de drogas, não houve nos últimos anos uma diretoria composta com legitimidade para administrá-la. E diante disso, ela tomou a iniciativa de voltar ao comando da entidade para que possa doravante fazer um balanço administrativo, planejar novas diretrizes, ações corretivas e adoção de novas medidas, visando a implantação de um projeto de desenvolvimento e modernização do clube.
“A história da Atlética está enraizada em nós, e não deixaremos morrer”- finalizou a administradora provisória.
O QUE DIZ O PODER PÚBLICO MUNICIPAL
Através de nota a Prefeitura de Araraquara informa que não há no momento perspectiva de envio do projeto de venda para a Câmara Municipal.
Diz também que o município tem como objetivo assumir a gestão do espaço para lá desenvolver mais projetos esportivos.