Antonio Ersio Fáccio, um dos mais brilhantes atletas que a Ferroviária teve em seu elenco em toda a história, faleceu na manhã de hoje na Santa Casa de Araraquara, vítima de um câncer no intestino. O atleta seis meses atrás passou por uma cirurgia do intestino quando foi detectada a doença. Para Tonhão enfrentar o câncer foi uma outra luta, a mesma que o colocou em campo tantas vezes defendendo a Ferroviária.
Alto, cerca de 1,90m, ele era conhecido pelo seu temperamento em campo; jamais foi um jogador maldoso, porém entrava forte nas bolas divididas. Natural de Ibaté, com a família para cá se transferiu ainda criança com outros quatro irmãos e duas irmãs. Todos os irmãos acabaram tendo uma enorme convivência com o esporte em Araraquara. Ele era o mais velho de todos e o primeiro a falecer. Toureiro, Biau, Ibaté e Mário, que chegou a ser também profissional atuando pela Ferroviária e depois no Botafogo de Ribeirão Preto, onde encerrou a sua carreira por motivo de contusão.
Tonhão, foi entre eles o que chegou a defender um clube de expressão: o Palmeiras, na década de 60. Aqui em Araraquara participou do mais célebre time que a Ferroviária já possuiu: Fia, Porunga e Antoninho; Dirceu, Rodrigues e Cardarelli; Faustino, Dudu, Baiano, Bazani e Beni. O time em 1959 chegou em terceiro lugar no Campeonato Paulista e com isso ganhou fama para excursionar no ano seguinte para o exterior enfrentando times como Sportinga Benfica e Futebol Clube do Porto. Tonhão após parar com o futebol profissional passou a atuar como atleta em equipes amadoras, uma delas o Acco, com Laurindo Cardoso.
Com 85 anos de idade, viúvo de Irene Gonçalves Faccio, irmã de José Alberto Gonçalves (Gaeta), Edemea Gonçalves Motta (esposa de Vail Motta), Tonhão, casou-se pela segunda vez com Diva; sempre residiu na Vila Xavier, na Avenida Doutor Leite de Morais. Foi também um importante comerciante, atuando no ramo de tintas com o Palácio das Tintas, na Padre Antonio Cezarino. À família os sentimentos de toda comunidade.
