O movimento de vendas do varejo da capital paulista cresceu em média 4,8% na primeira quinzena de junho na comparação com o mesmo período de 2017, segundo o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). “Com a paralisação dos caminhoneiros no final de maio, consumidores ficaram cautelosos e adiaram as compras para este início de junho, gerando um incremento nas vendas agora. O resultado que é positivo, mas é circunstancial”, avalia Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele acrescenta que contribuíram para esse desempenho o dia útil a mais, o Dia dos Namorados e a Copa do Mundo.
As vendas a prazo saltaram 17% na mesma base de comparação, refletindo o aumento de procura por TVs, por conta da Copa, e a combinação conjuntural de juros menores e prazos maiores, ajudando os bens duráveis em geral.
Já o sistema à vista diminuiu 7,4% porque a temperatura ainda não havia caído nos primeiros 15 dias de junho. Assim, roupas e calçados da moda Outono-Inverno ― adquiridos principalmente à vista ― não deslancharam. “A frente fria veio só neste último fim de semana; se o consumidor não tem necessidade, ele não compra”, diz Burti.
Comparação mensal
O Balanço de Vendas da ACSP mostra também que nos primeiros quinze dias de junho o movimento do comércio avançou em média 20,4% frente a igual período de maio em SP, com a contribuição do dia útil a mais. O Dia dos Namorados, os festejos juninos e o início da Copa também beneficiaram o varejo.
O sistema a prazo foi impulsionado pela procura por TVs ― que estão mais baratas e com melhores condições de pagamento ― para assistir aos jogos da Copa: o salto foi de 27,3% na mesma base de comparação. As vendas à vista avançaram 13,4%.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, com amostra fornecida pela Boa Vista SCPC.