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‘Não existe justiça social se existir fome’, diz Edinho

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Banco de Alimentos 101Comemoração serviu para adesão de Araraquara ao Sisan

O Banco de Alimentos de Araraquara, vinculado à Coordenadoria de Segurança Alimentar, viveu um dia especial nesta sexta-feira (20). Além de completar 11 anos de fundação, o equipamento municipal aderiu ao Sisan (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) e à Rede Brasileira de Bancos de Alimentos.

Os principais benefícios dessa adesão são o desenvolvimento de ações em consonância com a política nacional, a captação de recursos federais e a participação em editais do Ministério do Desenvolvimento Social, a capacitação de gestores, além de promover cidadania, saúde e qualidade de vida com acesso à alimentação saudável.

“Vivemos uma situação muito difícil no Brasil. A pobreza, a miséria e a fome voltaram por conta do aumento do desemprego. Segurança alimentar é garantir alimentos na casa das famílias de maior vulnerabilidade. Não existe justiça social se existir fome”, afirmou o prefeito Edinho, que parabenizou todos que trabalham no Banco de Alimentos e colaboram para seu fortalecimento.

A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Jaqueline Barbosa, lembrou que as famílias mais vulneráveis e instituições recebem cestas do Banco de Alimentos. “Não dá para se falar em projetos, programas e serviços se a gente não matar a fome. Esse é um momento de celebração”, afirmou.

O coordenador de Segurança Alimentar, Marcelo Mazeta, agradeceu a todos que trabalham no Banco de Alimentos, aos produtores rurais e aos doadores do comércio. “O dia será histórico para o Município e a população. Continuaremos lutando por uma sociedade com menos fome, mais saudável e com mais igualdade social.”

Silvani Silva, coordenadora de Agricultura, também destacou a importância desse trabalho. “Vamos lutar para que, um dia, nossos netos não sejam beneficiados, porque ganharemos a luta contra a fome”, ressaltou.

Representando o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Elcio de Souza Magalhães, coordenador geral de apoio à implantação e gestão do Sisan, disse que o ministério quer dar voz aos municípios. “Araraquara, além de ser uma referência a nível nacional, vai poder reivindicar mais ações”, disse. “Todos têm o direito fundamental à alimentação.”

O vereador Paulo Landim (PT), representando a Câmara Municipal, parabenizou a todos do Banco de Alimentos pelo trabalho. “O Marcelo Mazeta e toda equipe estão fazendo um grande trabalho. Araraquara é abençoada”, relatou.

Também participaram do evento o vice-prefeito e secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico, Damiano Neto; secretários e coordenadores municipais; representantes de empresas e instituições doadoras de alimentos, que foram homenageados; o representante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Edgard Aparecido de Moura; a representante estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e da Câmara Intersecretarial de Segurança Alimentar e Nutricional, Suzely de Miranda; a representante da Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de São Carlos, Terezinha Arruda; e o vice-presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Paulo Vianna.

​​O ANIVERSÁRIO DE 11 ANOS

O Banco de Alimentos está vinculado à Coordenadoria de Segurança Alimentar, órgão da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. Inaugurado em 21 de julho de 2007, no segundo mandato de Edinho, o equipamento foi um dos primeiros a serem implantados no modelo estabelecido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em todo o Brasil.

Em 2018, o Banco de Alimentos receberá, por mês, aproximadamente 25 toneladas de alimentos, entre frutas, legumes e verduras, que são comprados junto a 89 agricultores familiares e assentados da Reforma Agrária. 

O equipamento também recebe produtos alimentícios da iniciativa privada – Carrefour, Atacadão, Passarinho Hortifruti e Cutrale –, numa média de 6 toneladas de alimentos/mês.

Atualmente, são atendidas quase 50 entidades socioassistenciais de Araraquara, atingindo cerca de 2.500 pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social nas mais diversas regiões da cidade.