A indicação de Aluísio Braz, o Boi para assumir a ouvidoria da Câmara Municipal, não agradou a alguns vereadores, tanto na base governista quanto a oposicionista.
O cargo é de livre nomeação do presidente da Casa como consta em lei, mas nos corredores do poder a insatisfação era geral, e comentários como “indicar alguém que é presidente do MDB Municipal, pode significar a não imparcialidade que se espera do cargo”. Outros ainda acreditavam que a vaga deveria ser ocupada por um funcionário de carreira e não por indicação, e o burburinho correu solto durante toda a sexta-feira (22), na Casa de Leis.
O assuntou rendeu também nas redes sociais, e uma pessoa ligada a um vereador da oposição postou que “Câmara Municipal promove a farra do Boi – #foraboi”. Convenhamos que isso não pegou bem, nem mesmo aos vereadores que são contrários a indicação. Lembrando sempre do ditado que diz “roupa suja se lava em casa”, e se não acontece, é sinal que está faltando o primordial, diálogo, para que assuntos do regimento interno sejam discutidos pelos parlamentares.
Diante da celeuma imposta, procuramos o presidente da Câmara Tenente Santana (MDB) para explicar como se deu a tal nomeação.
Santana afirma que respeita a posição dos vereadores que questionam sua indicação, mas ressalta que também deseja ser respeitado pelos parlamentares, já que a nomeação cabe à presidência.
Diz também que a função era acumulada por funcionários e não estava, funcionando em sua plenitude, “ouvidoria é uma ferramenta designada a ter diversas finalidades, tanto na relação com o cidadão, como também internamente ao legislativo”. Ressaltou que no passado houve apontamento do Tribunal de Contas da União devido a esse setor.
O presidente afirmou também que, a maioria dos vereadores que reclamam de sua indicação, não conhece o Boi, nem sua eficiência e acredita que dentro de alguns meses não vão querer que ele deixe o cargo. “Aluisio tem uma trajetória impecável, como vereador e presidente da Câmara, secretário de governo, honesto, reúne todos os requisitos para o cargo, além de que, é uma pessoa humilde, mora na periferia, não se enriqueceu com a política, é trabalhador e se aprimorou em Gestão Pública para que pudesse assumir o cargo”, comentou Santana. Ele diz ainda que aqueles vereadores que não votaram nele para a presidência da Casa, nunca serão simpáticos as suas decisões e que fez exatamente o que está na lei.
Santana lembra que assumiu a presidência com uma série de cargos de confiança que não foram nomeações dele, mas não alterou nem vai alterar, porque está tudo funcionando dentro da normalidade: “se está funcionando para que mudar, mas a ouvidoria eu gostaria que funcionasse de fato e de direito em sua plenitude”.
Santana pede também um pouco de paciência tanto a vereadores quanto às pessoas que estão reclamando, para que ele avalie a dedicação de Boi no cargo, “não serei injusto em julgar antes de verificar se os problemas serão resolvidos com imparcialidade, eficiência, ele já tem um projeto e vai deixar claro seus objetivos para que a ouvidoria funcione como no âmbito estadual, com relatórios periódicos para que seja encaminhado para o Tribunal de Contas”.
Santana finaliza dizendo que tira algo de positivo de toda essa polêmica, pois, agora a população sabe que existe uma ouvidoria na Câmara, onde todos poderão enviar criticas solicitações e que problemas internos e externos serão resolvidos com maior eficiência. Pede ainda para que a população se manifeste pelo e-mail ouvidoria@camara-arq.sp.gov.br ou mensagem de texto pelo Whatsapp, no número 16 99797 6035.
