Pelo menos 12 pessoas estão morando no subsolo do Ginásio de Esportes; até fogões improvisados foram instalados no local com a desconfiança de que estariam comendo carne de gato
Integrantes de um grupo que realiza trabalho social voluntário estão estarrecidos com o cenário perfeitamente dantesco do ponto de vista humano que se instalou entre as marquises do Ginásio de Esportes Castelo Branco, o Gigantão, nas últimas semanas. “Fiquei chocado com o que encontrei”, comenta nas redes sociais um dos membros do grupo.
Atualmente, pelo menos 12 pessoas moram no local, indo de prateleira a varal, além de colchões, roupas, fogões improvisados e uma falta de higiene difícil de descrever, pois uma parte também foi transformada em sanitário.
“Se perguntarem qual seria solução do problema, no momento não sei o que dizer, mas tenho certeza que aquilo é a bomba relógio de uma tragedia anunciada”, explicam os membros desta equipe que constantemente sai às ruas da cidade para auxiliar os necessitados. No caso do favelamento do Gigantão a maioria são moradores de rua e alcoolistas – característica da pessoa que sofre pelo uso compulsivo de álcool.
O grande perigo é que durante o dia e parte da noite – pessoas circulam ao redor do Gigantão, principalmente atletas e a maioria adolescentes – se deparando com um quadro de risco que pode ser provocado pelos “habitantes das marquises”. Sob o olhar complascente da Secretaria de Esportes e da Secretaria da Promoção Social, a instalação da miserabilidade no lugar com a concordância do Governo Municipal , não deixa de ser um risco para a comunidade. Pesa ainda a falta de policiamento e até mesmo o distanciamento da Guarda Municipal para um problema de circunstâncias altamente perigosas.
Ao fotografar o ambiente, a nossa reportagem se deparou com o “rabo de um gato”; além disso a ração na prateleira que seria utilizada para atrair os animais. Isso deixa transparecer que os alcoolistas ou moradores do “condomínio” podem estar se alimentando com a carne de cães e gatos, e deve ocorrer a intervenção da Associação Protetora dos Animais.
O AMBIENTE DEGRADANTE E PERIGOSO