Home Geral

O regime petista na prefeitura e o futuro da cidade com a vitória de Bolsonaro, o que vai acontecer?

80

Araraquara é na atualidade uma das sete cidades governadas pelo PT no Estado de São Paulo, a maioria sem expressão no cenário eleitoral. Indiscutivelmente, é muito pouco para um partido que conheceu o céu e vive agora o inferno político, tendo sua maior liderança entre as grades por conta da corrupção; ainda existe uma fila que já sentiu o cheiro da cadeia e outros na sala de espera. Agonizando para emplacar a suposta ideologia de igualdades, o PT busca forças para se reinventar.

Araraquara 25O que pode mudar com Bolsonaro presidente em uma cidade governada por petista?

Há exatos 30 anos, Araraquara passou a conviver com o PT, formado basicamente por jovens universitários, poucos artistas amadores da época e alguns intelectuais que se reuniam nos porões da Igreja Matriz, quando não, em salas da Faculdade de Ciências e Letras, Farmácia e Odontologia que possuíam um dos mais estruturados diretórios acadêmicos do interior .

Acompanhado bem de perto por conservadores políticos e agentes do Serviço de Inteligência do Exército, o PT se apresentava como ferramenta predestinada a mudar a vida dos trabalhadores da cidade e do campo, militantes da esquerda, intelectuais e artistas. Em 1980 deu-se então sua oficialização, e dos antigos líderes no âmbito nacional, pregadores do socialismo democrático como Tancredo Neves, Leonel Brizola e Miguel Arraes, apenas Luíz Ignácio Lula da Silva está vivo e preso. Em linhas gerais, este grupo foi protagonista do movimento que pedia a volta das eleições diretas, pois até então vivíamos sob o regime militar.

Com o tempo, o partido também foi se firmando na cidade; da origem simples fortalecida pela temática católica chegou ao Poder Legislativo, depois Executivo e até mesmo aos corredores do Judiciário, logo seu enraizamento era público e notório, pregando-se antigos métodos de uma política econômica em nome da desigualdade social.

Se de fato a ideologia fosse pregada de forma justa, respeitável, transparente, ética, com deveres e obrigações, até que teria dado certo.

Mas não. O partido se valeu do poder para afortunar suas lideranças,  empobrecendo assim não apenas uma classe, mas todas indistintamente. A imagem de que tudo teria que dar certo custou ao povo brasileiro o pagamento da falsa propaganda em veículos de comunicação. Mergulhamos em uma crise sem precedentes com desemprego, insegurança, falta de recursos para a educação e saúde.

Araraquara a exemplo do Brasil, hoje também sofre, com dívidas que passam dos 400 milhões de reais, governada pelo PT, sem representatividade em Brasília e uma voz extremamente frágil nos corredores da Assembleia Legislativa em São Paulo, quer dizer sem presença política. Caminhamos por ruas esburacadas e não sabemos onde vamos chegar.

Na contramão da história, a comunidade precisa rever seus conceitos políticos urgentemente, pois daqui dois anos vamos eleger uma nova Câmara e novo prefeito. Precisamos entender melhor se a política de favorecimentos, contrapartidas, benefícios, toma lá da cá, balcão de negócios é de fato necessária para que tenhamos no poder governantes que insistem na divisão de classes e nelas sustentam o poder da cobiça. Temos que analisar se o assistencialismo é de fato, bom para alguns, em detrimento da péssima qualidade de vida de todos. Já que não temos mais representatividade política pois ela não nos inspira confiança, que sejamos dignos de termos – gestores para a garantia de uma cidade única e não dividida socialmente.