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Parque do Basalto: Abandonado e tomado por usuários de drogas

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 Yashuda, Porsani e Theo estiveram no local verificando as condições do espaço

Um local que deveria ser de lazer e turismo para os araraquarenses, vem sendo transformado em espaço degradado e tomado pelo ilícito, devido a  falta de investimento e indiferença do poder público.

Inaugurado em outubro de 2000, o Parque do Basalto, situado entre os bairros Jardim Pinheiros e Parque São Paulo, na Zona Leste da cidade, era administrado pela Universidade de Araraquara (Uniara). Em fevereiro de 2018, quatro meses antes do fim do contrato de concessão de uso da área pela instituição, o local voltou a ser de responsabilidade da Prefeitura e, conforme verificaram os vereadores Jéferson Yashuda e José Carlos Porsani, ambos do PSDB, na tarde da quinta-feira (10), o espaço encontra-se abandonado.

Fechado desde agosto de 2017, o Parque, que ocupa uma área de 65 mil m², apresenta uma rica biodiversidade, contando com diversas espécies de árvores, cujas placas de identificação já estão completamente apagadas. Para os parlamentares, a principal preocupação é a preservação do local. “O Parque era um ponto turístico, voltado para o lazer da população e recebia diversas visitas diariamente. Precisamos conservá-lo”, entendem.

No local, era possível realizar piqueniques e caminhadas pelas trilhas, além de o visitante poder tirar fotos e observar aves e plantas. Praticar esportes radicais, como escaladas e rapel em cascatas e cachoeiras, também eram opções. O espaço conta, ainda, com quiosques, que estão praticamente destruídos, e playground infantil, que já desapareceu entre a vegetação. Já a área da lanchonete encontra-se em total abandono.

“Além de proporcionar lazer, áreas como a do Parque do Basalto são importantes para a realização de programas de conscientização e educação ambiental. É essencial a manutenção dos espaços verdes dentro da zona urbana. Cobraremos as devidas providências do Executivo para que não abandonemos esse importante espaço do nosso município, que hoje tem sido utilizado por usuários de drogas”, garantem os vereadores.

 

Para o público Théo Bratfisch, que participou da visita, junto aos avaliadores, ele afirma que a acessibilidade está relacionada a outros fatores além da mobilidade, considerando os fatores políticos e as estratégias econômicas e corporativas.

A acessibilidade local e a micro acessibilidade implicam em Turismo emissivo e receptivo. Araraquara apresenta no Plano Diretor de Turismo, potencialidades turísticas em oito segmentos: Turismo Histórico e Cultural (prédios históricos, museus e calendário municipal de eventos), Religioso (encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, santuários e Cavalgada da Fé), Esportes (Arena da Fonte, Ginásio Gigantão, Clube Náutico, jogos estudantis e campeonatos esportivos), Aventura (trilhas para ciclistas em áreas rurais), Ecológico (Jardim Botânico, Parque do Basalto e cachoeiras), Sol e Praia (Parque do Pinheirinho), Negócios e Eventos (Centro de Eventos) e o Turismo Rural que se estrutura no município pela atuação da cadeia produtiva do setor e pequenos produtores rurais assentados em média há 30 anos.

A população rural de Araraquara está estimada em cerca de 6 mil moradores, sendo que metade dessa população trabalha com agricultura familiar. Diante do exposto, fica claro que o governo municipal prioriza o atendimento de determinado grupo econômico, privilegiando o Turismo de Negócios e Eventos com a locação de espaços públicos municipais, em detrimento do desenvolvimento das demais modalidades turísticas como política pública para promoção dos pontos turísticos, atrativos locais e naturais, em se tratando de diferenciais turísticos próprios que se destacam na região, para promover cidadania com trabalho, empregos e geração de renda e bem-estar à população como um todo. “O tema ‘mobilidade turística’, cujo debate ainda é incipiente no Brasil, transcende a ideia do deslocamento tendo o Turismo como finalidade, onde a sinalização turística é uma maneira do município anfitrião demonstrar que se preocupa com essa necessidade fundamental de acessibilidade geográfica para a locomoção entre os atrativos e pontos turísticos relacionados e descritos no Plano Diretor de Turismo dos Municípios de Interesse Turístico (MIT)”, comenta Théo Bratfisch, diretor executivo da ABATur – Associação de Bueno de Andrada para Cultura e Turismo Rural, conselheiro da AMITur – Associação Brasileira dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico, diretor da ABRATURR/SP – Associação Paulista de Turismo Rural, membro da Câmara de Turismo Rural do Estado de São Paulo.