Com o Natal chegando, além dos presentes, muitos consumidores já começam a se preocupar com as compras de produtos típicos da época, disponíveis desde o final de novembro em alguns supermercados. Dentro desse cenário, o núcleo de economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio) analisou o preço de 19 itens mais consumidos pelas famílias brasileiras na data, com destaque para as aves congeladas, castanhas e uvas.
A pesquisa, feita em oito supermercados da cidade entre a última semana de novembro e a primeira quinzena de dezembro, mostrou que os preços do quilo da castanha do Pará e da noz reduziram 28,2% e 47,9%, respectivamente em relação ao ano passado. Considerando a variação real, a diferença chega a R$67,15 e R$33,86 reais, nessa ordem.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA), por conta da boa safra, influenciada pelo clima favorável, as castanhas: nacional e importada, e as frutas secas tiveram um aumento da oferta e consequente queda nas cotações. A lentilha, grão muito procurado na época, também apresentou redução nos preços, baixa de 5,3% em relação ao ano passado.
Por outro lado, alguns itens, também indispensáveis para a ceia de Natal, apresentaram aumento. É o caso do preço das aves congeladas, como o peru, chester e ave fiesta, que tiveram alta de 3,6% em relação ao ano passado. Já em relação às uvas, a elevação foi de 48,5% em relação aos valores do ano passado. A pesquisa considerou os preços médios entre as qualidades Itália e Niágara.
Com base nos dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), a uva é um produto muito sensível às variações climáticas, principalmente em períodos de chuva intensa que acabam reduzindo a colheita, a produtividade e a qualidade. Na região produtora de Porto Feliz (SP), por exemplo, na última semana de novembro a uva Niágara foi comercializada a preços 111% superiores aos aplicados em 2017.
Para Délis Magalhães, economista do Sincomercio a dica é economizar, “vale a pena o consumidor fazer uma lista antes de ir às compras e pesquisar nos supermercados para evitar gastos desnecessários já que boa parte da renda estará destinada para a famosa lembrancinha de Natal”, explica.