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Promotor do Meio Ambiente quer saber quem cortou as árvores dos anos 40 em frente da Santa Casa

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Santa Casa InternaFrente da Santa Casa hoje está sem as árvores plantadas nos anos 40

Árvores que sombrearam por  70 anos a frente da Santa Casa de Misericórdia foram ao chão no dia primeiro de junho, em nome da reforma do prédio, descaracterizando um dos trechos mais importantes da região central da cidade. As árvores que datavam dos anos 40 agora se transformam em inquérito civil instaurado pela Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Araraquara que vai apurar a responsabilidade das pessoas jurídicas e físicas diretamente envolvidas no corte feito no dia primeiro de junho.

Crime ambiental já é o termo que o promotor José Carlos Monteiro, responsável em acompanhar o caso, vem definindo o procedimento. Já se sabe que o DAAE respondeu a Promotoria Pública que não saiu da autarquia nenhuma autorização administrativa para o sacrifício das árvores. Neste caso, tanto o hospital quanto a empresa, deverão responder pelo crime ambiental.

A empresa não cortaria as árvores se a Santa Casa não a tivesse ordenado, por outro lado, desconhecer e confrontar a lei ambiental, também é crime e neste caso, a empresa que cortou não poderia alegar ignorância e seu dever seria de contestar a ordem do hospital, tornando-se inclusive omissa e negligente.

O promotor tem destacado que a arborização sempre foi de grande relevância para o trecho em frente da Santa Casa, ressaltando o valor urbano e ambiental, sendo ela intocável. De acordo com os especialistas, como as árvores já não existem mais, resta ao inquérito buscar uma indenização e a reparação aos danos ambientais, o que se entende ser muito pouco perante o estrago causado. Há também o inquérito policial, onde após investigações serão apontados os responsáveis pelos atos.

A Santa Casa procura minimizar o desconforto da situação explicando que “as árvores estavam ocas e oferecendo risco para pedestres e ambulâncias, além de dificultar a passagem de cadeirantes na calçada devido a existência de raízes”. O que se busca agora é saber se o hospital possui algum laudo técnico que venha atestar tais problemas e se este relatório acompanha algum pedido para o corte das árvores, ou se a iniciativa foi por conta própria.

Além disso, antevendo qualquer penalidade, a direção da Santa Casa informa que o hospital não ficará sem o verde característico e diz que já providenciou a aquisição de novas árvores para a compensação ambiental, sem definir onde serão plantadas. Isso será anunciado no futuro, pois há o risco de causarem os mesmos problemas das anteriores. Assim, uma coisa é certa: não serão plantadas no mesmo lugar.