Cerca de dois mil servidores compareceram à assembleia em frente à Câmara Municipal
Servidores e SISMAR – Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região se reuniram em frente à Câmara, na noite desta terça-feira (14), para deliberarem a cerca das reivindicações da data base da categoria.
Sindicato e funcionários entendem que não foram respeitados pelo prefeito Edinho Silva (PT), que deveria responder a eles quanto ao PCCV e data base. Ao que parece o recúo estrátégico do Executivo, dando um aumento de 5% integral, não surtiu efeito.
Para Luciano Fagnani, diretor do Sismar, o sindicato não vem sendo tratado como deveria, “a prefeitura não fez nenhum encaminhamento oficial, da data base ou do PCCV e nem da pauta social para o sindicato, quem tem que definir os reajustes é a categoria.
Quanto ao comitê que negociou a data base com o Executivo, Luciano diz que “entendemos que esse comitê não é legitimo para negociar nada referente a pauta econômica do trabalhador e em função disso, a prefeitura está cometendo um crime que chamamos de anti-sindical, pois discute com um comitê criado pela administração; devido a isso estamos encaminhando o nosso protesto ao Ministério Público do Trabalho para que eles tomem providências”, ressaltou.
Ainda segundo Luciano, o prefeito alega que respeita o sindicato: “fez uma reunião, não apresentou nada por escrito e nada plausível, não trabalhamos dessa maneira. Fizemos várias assembleias, protocolamos nossas reivindicações na prefeitura e até hoje não tivemos resposta” – finalizou o diretor.
Marcelo Roldan, também diretor do Sismar, disse que faltam 59 itens que fazem parte da lista de reivindicações enviada à prefeitura e que não foram respondidos.
Mesmo diante dos servidores contrários ao projeto que foi levado para votação na Câmara, o documento foi incluído na pauta do dia e aprovado pelos vereadores.
O projeto aprovado reajusta em 5% dos vencimentos, salários, proventos, retribuições pecuniárias e pensões dos empregados públicos municipais ativos, inativos e pensionistas da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo.
Ficou instituído também o “bônus alimentação”, no valor de R$ 120,00, a ser pago mensalmente, em conjunto com o auxílio-alimentação aos empregados da Administração Direta e Indireta do poder Executivo.
Confira o que foi deliberado na Assembleia dos Servidores:
– Estado de greve
– Notificação sobre o Estado de Greve para GRTE, MPT, PMA e Câmara;
– Apoio e participação na greve desta quarta-feira (15) na Educação.
– Constituiu-se a comissão de servidores para debater a pauta da data base (59 itens pendentes) e elaboração do acordo coletivo de trabalho;
– Pedido de audiência pública por setor e categoria com a participação de servidores, sindicato, vereadores e representantes do governo para a construção de um PCCV justo e democrático.