Nesta segunda-feira à noite os servidores municipais da Prefeitura, levados pelo Sismar que é o sindicato da categoria, contestaram o envio dos projetos do Executivo à Câmara Municipal e as propostas de alterações no PCCV – Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos.
Mais de 1.400 servidores participaram do encontro que foi realizado em frente a sede do sindicato na Rua Gonçalves Dias, o que demonstra poder de força para enfrentar o que eles consideram “uma forma truculenta do prefeito trabalhar”. Uma carta escrita pelo professor da rede municipal de ensino Alexandre Harlei Ferrari fazia referência ao cenário que a classe está vivendo.
Em outro trecho da sua manifestação o professor chega a dizer ‘que o prefeito está enganando e traindo a boa fé daqueles que se imaginavam valorizados, usando a infraestrutura da prefeitura para produzir fatos, vídeos e notícias descaradamente enganosas’.
A Prefeitura por sua vez, em tom agressivo para um Poder Executivo, já havia distribuído nota com o seguinte teor:
“A resposta é BOATO. Não há, em nenhum dos PCCVs (Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos) enviados à Câmara, qualquer referência sobre mudança de regime jurídico dos servidores municipais. Essa polêmica é completamente falsa e quer confundir você. Até porque, para mudar qualquer regime jurídico haveria necessidade legal enviar para a Câmara um PLC (Projeto de Lei Complementar) e não PL (Projeto de Lei), como foi o caso.
Também tem o fato que os PCCVs valem para todos os servidores municipais, tanto para quem foi contratado pelo regime CLT, após a Lei Complementar Nº 2 de 1992, como para quem foi admitido antes dessa lei (estatutários) e também para os comissionados. Hoje são essas as três formas de contratação, por isso, os planos trazem um glossário.
E tem mais! Os três projetos fazem referências, por exemplo, às licenças maternidade e paternidade, lastreadas na CLT e repetidas nas propostas de planos. Essa é a verdade. O “falso debate” confunde o servidor e partidariza um debate que deve ser técnico. Não caia e nem espalhe fakenews!”
No final da assembléia desta segunda-feira, os sindicalistas afirmaram que vão buscar a revisão completa do plano, já que no entendimento da classe o que foi entregue aos vereadores para análise apresenta muitas perdas. “Além disso, o trabalho feito pela comissão em cinco meses, nem sequer foi aproveitado”.
Ficou decidido na assembléia que – se aprovado o plano enviado pelo prefeito à Câmara, logo os servidores estarão em greve.