Após a Suécia anunciar, na última semana, que decidiu banir as empresas chinesas Huawei e ZTE do acesso à sua rede sem fio de quinta geração, e comunicar que as empresas privadas na Suécia teriam cinco anos para desmontar e retirar qualquer equipamento chinês da rede, o país asiático subiu o tom e usou uma mensagem ameaçadora contra o país nórdico, citando a relação econômica entre os dois países.
“Sem nenhuma evidência, a Suécia usa a segurança nacional como pretexto para caluniar as empresas chinesas, oprimir abertamente as empresas de telecomunicações chinesas e politizar a cooperação econômica normal, que viola o princípio de uma cooperação livre, aberta, justa, justa e não-discriminatória economia de mercado que a Suécia busca … [a Suécia] deve corrigir seu erro e evitar impacto negativo na cooperação econômica China-Suécia e nas empresas suecas que operam na China” – afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático.
Além da Suécia, países como o Reino Unido, EUA, Canadá, França, Vietnã, Polônia e Austrália também já haviam proibido a China de construir suas novas redes 5G. A rejeição aos equipamentos da Huawei é motivado por suspeitas de que os equipamentos da companhia sejam usados para espionagem pelas autoridades do Partido Comunista Chinês e pelo Exército de Libertação Popular através dessas empresas chinesas.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou no início de setembro, em sua live semanal nas redes sociais, que ele decidirá pessoalmente sobre os parâmetros para adoção da tecnologia 5G no Brasil. A previsão atual é que o leilão de licenças do padrão 5G seja realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no primeiro semestre de 2021.