O equivoco cometido pela Folha de São Paulo em sua edição desta terça-feira causou estrago momentâneo na vida de Edinho Silva, após delação premiada do empresário Henrique Constantino sobre propinas pagas a políticos. O jornal fez rapidamente a retificação da notícia, saindo dela Edinho Silva, entrando Edinho Araújo.
De repente, o prefeito Edinho Silva viu novamente o seu nome envolvido com a mídia nacional, contudo era puro engano: a Folha de São Paulo cometeu um erro jornalístico – trocando Edinho Araújo, do PSDB, por Edinho Silva, do PT. Por várias horas a notícia permaneceu fixa nas redes sociais, até ocorrer o desmentido.
Tudo começou com a manchete – Sócio da Gol cita repasses a Maia e a políticos de ao menos 4 partidos, referindo-se a uma delação feita pelo empresário Henrique Constantino, sócio da companhia aérea Gol. Essa delação premiada foi assinada entre o empresário e o Ministério Público Federal. Entre os citados, diz a publicação, estão o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
O documento esclarece que em um dos dez anexos da delação que tratam de fatos supostamente criminosos, Constantino relatou pagamentos de propina a operadores e políticos do MDB para obter recursos da Caixa Econômica Federal e do fundo de investimentos do FGTS, gerido pelo banco – informações relacionadas às operações Cui Bono e Sépsis, da Procuradoria do Distrito Federal, segundo A Folha, anunciando que o acordo de delação foi revelado pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (13).
Em outro anexo, informa a matéria da Folha, de número 7, o delator falou de “benefício financeiro” a parlamentares ou ex-parlamentares por meio da Associação Brasileira das Empresas Aéreas.
Prossegue o jornal: “Os políticos mencionados nesse caso são Rodrigo Maia, o senador Ciro Nogueira, o ex-ministro Bruno Araújo, o ex-senador Romero Jucá e os ex-deputados Marcos Maia, Vicente Cândido, Otávio Leite e – Edinho Silva, na verdade Edinho Araújo, do MDB, atual prefeito de São José do Rio Preto. Edinho Araújo foi ministro-chefe dos Portos em 2015, dentro do governo Dilma.
Constantino foi denunciado à Justiça Federal em Brasília em outubro passado sob a acusação de pagar R$ 7 milhões de propina em troca de financiamento de R$ 300 milhões para a Via Rondon Concessionária, do Grupo BR Vias, e de mais R$ 50 milhões para a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S.A..
EDINHO DESMENTE
A circulação rápida da notícia levou a Prefeitura Municipal a divulgar uma nota, ainda no período da manhã desta terça-feira.
O prefeito de Araraquara desconhece o assunto e entende que a matéria elaborada pelo jornal Folha de São Paulo deve trazer algum equívoco, já que a mesma matéria elaborada pelo Jornal Estadão não traz o nome Edinho Silva (https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/em-delacao-socio-da-gol-cita-repasse-a-rodrigo-maia/). O prefeito Edinho Silva já pediu, por meio de seus advogados, esclarecimentos sobre a matéria publicada.
Vale ressaltar que em 2014, quando manteve contato com o acionista da Gol, Henrique Constantino, foi para elaborar contrato com a empresa Global Taxi Aéreo, que prestou serviços na logística da campanha Dilma/2014. Este contrato está declarado na prestação de contas entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a suprema corte eleitoral do país, que auditou e aprovou por duas vezes as contas da campanha.
