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Após investimentos, Estação de Tratamento de Esgotos recebe nova fiscalização

Vereador Rafael de Angeli averiguou a situação do tratamento de esgoto no local

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Durante Sessão Ordinária da Câmara Municipal do dia 27 de novembro de 2018, foi aprovada a abertura de um crédito, no orçamento do Município de Araraquara, no valor de R$ 1,6 milhão, para que o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) recuperasse o sistema de aeração da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE). Na sexta-feira (13), o vereador Rafael de Angeli (PSDB) esteve no local para fiscalizar a aplicação desses recursos.

Rafael de Angeli, foi até a Estação verificar a aplicação dos recursos

O parlamentar foi recebido por Emerson Luiz de Paula, coordenador da unidade de tratamento de esgoto, e foi acompanhado também por Guilherme Augusto Coelho Vicente, estudante do Curso de Administração Pública da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que procurou o vereador para conhecer a unidade, já que está realizando um trabalho, em conjunto a outros alunos, sobre o tema.

Emerson mostrou e explicou o caminho da água dentro da estação, tirou dúvidas e enfatizou sobre as visitas no local, que considera de suma importância. “Precisamos conscientizar as pessoas sobre o descarte irregular de resíduos na rede de esgoto. Mesmo que pareça difícil no começo, com persistência conseguiremos mudar. Através da vinda destas pessoas aqui, conseguimos realmente mostrar a realidade”.

O coordenador diz que a porcentagem de sólidos presente no esgoto é de apenas 0,1% do volume total recebido na estação, mas que representa grande dificuldade no tratamento. “Hoje estamos com a eficiência de tratamento por volta dos 60%, mas pretendemos chegar aos 80% até 2021”.

Luiz também fala sobre algumas indústrias que utilizam a rede pública de esgoto para descarte líquido industrial. “Lupo, Heineken e Nigro, por exemplo, são algumas das que utilizam nossa rede, o que sobrecarrega um pouco o processo”. Destaca, ainda, que a Cutrale tem uma estação própria de tratamento.

Angeli questiona sobre o orçamento aprovado na Câmara, que foi destinado à troca dos aeradores das lagoas, mecanismo que mistura os micro-organismos à matéria orgânica e ao oxigênio, auxiliando na purificação da água. Luiz afirma que os aeradores foram trocados devidamente, mas que alguns ainda precisam de manutenção, ação já planejada para acontecer.

“Precisamos conscientizar sobre o consumo da água e sobre descartes indevidos no esgoto. Vimos aqui muitos preservativos e outros itens plásticos, principalmente, que prejudicam o processo, a tubulação e o meio ambiente. Continuaremos acompanhando os investimentos na ETE para que Araraquara volte a ser referência no tratamento de esgoto”, enfatiza Angeli.

CANCELAMENTO DA TAXA DE ESGOTO

Em fevereiro deste ano, por meio de um requerimento apresentado em sessão da Câmara Municipal, o vereador Rafael de Angeli, juntamente aos demais parlamentares da bancada do PSDB, pediu a suspenção da cobrança da taxa de esgoto pelo Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara (Daae).

A bancada enfatizou que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) prevê uma eficiência da Demanda Bioquímica de Oxigênio de 60% e a Companhia Ambiental do Estado De São Paulo (Cetesb) determina 80%. O índice da ETE de Araraquara já chegou a 85% e, atualmente, está em 60%. “Não é justo que a população pague por algo que não está sendo realizado ao mínimo que as diretrizes estaduais solicitam”, exemplificou, na época, o líder da bancada, vereador Rafael de Angeli.

OUTROS INVESTIMENTOS

Devido ao acúmulo de lodo nas lagoas, a Prefeitura e o Daae assinaram, em 18 de julho, uma ordem de serviço para o início das obras de dragagem do lodo das lagoas de sedimentação 1 e 2 da ETE.

O serviço, que será feito pela empresa Fos Engenharia Ltda., envolve a retirada de 60 mil m³ de lodo das lagoas de sedimentação, por meio de recalque, dragagem, aplicação de polímero e desaguamento através de geobags.

O valor final da obra será de R$ 2,6 milhões. O investimento terá R$ 1,5 milhão em recursos do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) e R$ 1,1 milhão do próprio Daae.