Reivindicações, como a retomada da atividade comercial e críticas centradas ao governador dos paulistas, João Doria por conta da prorrogação da quarentena pautada pelo coronavírus, formataram a carreata realizada na tarde deste sábado (18) em Araraquara. Nem mesmo o prefeito Edinho, como já era de esperar, escapou ileso das manifestações.
Com concentração e saída da Praça do Carmo a ação se manteve pacífica ao longo de todo trajeto, contando com o apoio de viaturas da Polícia Militar que contribuíram com a segurança. Sem qualquer deslize, o que se ouviu em determinados momentos e com maior insistência era – eu quero trabalhar, como um alerta à política desastrosa que se pratica em prejuízo do trabalhador.
A estes se juntaram empresários que desde o dia 23, quando foi decretada a quarentena, se encontram com suas atividades paralisadas. “A gente está pagando pelos erros da classe política que coloca seus interesses acima das vontades do povo e do trabalhador”, disse Maria de Lourdes Siqueira Galvão, desempregada desde o final de 2018. “Eu passei o ano passado inteiro sem trabalhar e pelo jeito 2020 será igual ou talvez pior. Não há perspectiva”, comentou a mulher de 37 anos.
Nem os organizadores e até mesmo uma grande parte dos militantes políticos, esperavam tantos carros e tanta gente na carreata. Um deles, Théo Bratfisch, que preside o PRTB e que eufórico ao lado dos manifestantes deixou transparecer que – este é o caminho se quisermos mudar os rumos da história política da cidade.
Ainda que o evento em determinados momentos tenha deixado transparecer que havia consistência ideológica é verdade que a iniciativa foi válida por ter sensibilizado parte da comunidade tão descrente das políticas públicas. O importante é que iniciativas assim dão direcionamento a um diálogo mais profundo sobre as necessidades do município, tornando essas discussões coletivas em busca de resultados mais práticos que favoreçam a população em seu todo.