A implantação de uma Casa Abrigo para acolhimento de pessoas LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e todas as identidades sexuais e de gênero) venceu a votação da plenária temática LGBTQIA+ do Orçamento Participativo.
A reunião foi realizada no Centro de Referência e Resistência LGBTQIA+, na noite de quinta-feira (4), e reuniu 70 pessoas. Todas elas votaram na proposta vencedora, abrindo mão de outras iniciativas levantadas durante a plenária.
Durante a defesa da proposta vencedora, a população LGBTQIA+ relatou episódios de problemas familiares devido à falta de aceitação da orientação sexual. Em alguns casos, os filhos foram tirados de casa e não tinham lugar para serem acolhidos. Por isso, a necessidade apontada para a criação da Casa Abrigo.
“Com o OP, nós estamos propondo uma nova relação de poder na cidade. E essa plenária temática busca a construção de uma sociedade que não tenha homofobia e qualquer outra forma de discriminação. Sem respeito à diversidade, não se tem democracia. Democracia é igual a diversidade e o respeito às diferenças”, afirmou o prefeito Edinho na plenária.
A assessora de Políticas LGBTQIA+, Filipa Brunelli, apresentou um relatório de atividades do Centro de Referência e Resistência desde a inauguração, em dezembro do ano passado. São 271 atendimentos psicológicos, 67 encaminhamentos e assessoramentos, entre outros encontros, palestras e atividades culturais e sociais. “Somos um dos primeiros locais do mundo a ter uma plenária LGBT. Devemos ter resistência e ocupar os espaços sempre”, disse.
Representando a Câmara Municipal, a vereadora Thainara Faria (PT) também destacou a importância da plenária temática. “É uma luta constante para a defesa de direitos. Temos um governo municipal que não abaixa a cabeça para retrocessos. Cada vez que pisarem na nossa cabeça, que a gente levante com mais quatro pessoas para nos apoiarem”, ressaltou.
Também estiveram na plenária os vereadores Toninho do Mel (PT) e Roger Mendes (Progressistas); secretários, coordenadores, gestores e a equipe do Orçamento Participativo; a presidente do Conselho Municipal LGBT, Natália Munroe; e o presidente do COP (Conselho do Orçamento Participativo), Henrique Rossetti.
Plenária da Cidade
Depois do encontro LGBTQIA+, o OP chega à última plenária na quarta-feira (10), com a Plenária da Cidade. Essa reunião será às 19h, no Teatro Wallace Leal Valentim Rodrigues, que fica ao lado da Casa da Cultura (Avenida Espanha, nº 485, no Centro).
Na Plenária da Cidade, será escolhida uma obra ou investimento que beneficie todo o município e esteja dentro dos três temas mais votados no OP Digital, que termina na noite desta sexta-feira (5) no site da Prefeitura (www.araraquara.sp.gov.br).
Como exemplo, a Plenária da Cidade escolheu, em 2017, a reabertura do Pronto-Socorro do Melhado. No ano seguinte, foi eleita como prioritária a construção de um novo prédio para o ambulatório de especialidades médicas NGA-3 (Núcleo de Gestão Assistencial).