Home Política

Caso Marielle: porteiro mentiu sobre ida de suspeito à casa de Bolsonaro, diz procuradora

Segundo a procuradora Simone Sibilio, coordenadora do Gaeco, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio do presidente foi Ronnie Lessa, suspeito de ter feito os disparos.

236
Nome do presidente Jair Bolsonaro foi envolvido no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco

A procuradora Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), confirmou nesta quarta-feira, 30, que o porteiro que havia citado a participação do presidente Jair Bolsonaro no fato que antecedeu a morte da vereadora Marielle Franco mentiu em depoimento à Polícia Civil.

A promotora de Justiça Simone Sibilio é coordenadora do GAECO. Foto: EBC

Segundo a procuradora, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio do presidente foi Ronnie Lessa, suspeito de ter feito os disparos. “(O porteiro) mentiu. Pode ser por vários motivos. E esses motivos serão apurados. O fato é que as ligações comprovam que quem autorizou foi Ronnie Lessa”, afirmou Simone Sibilio.

Apesar de a declaração do porteiro conter, em tese, alegações falsas, o depoimento foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 10 de outubro, junto com as planilhas e os áudios. Isso porque a simples menção ao presidente Jair Bolsonaro, deputado federal à época do crime, já faz com que seja necessário subir o caso, por causa do foro privilegiado.