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Atos de apoio para Jair Bolsonaro em Araraquara

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Bolsonaro 33Em Araraquara a grande maioria era formada por jovens

Vestidos de verde e amarelo, com cartazes e discursos contra partidos denominados de esquerda e progressistas, manifestantes cantaram o Hino Nacional e organizaram hoje (30) atos em todo o país em apoio ao candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro.

Uma dessas cidades foi Araraquara que marcou o ponto de concentração para o Parque Infantil; logo 14h já havia um grupo recepcionando os eleitores e manifestantes pró Bolsonaro que deixou o Hospital Albert Einsten neste final de semana.

PELO PAÍS A MESMA MOVIMENTAÇÃO

Houve manifestações na Avenida Paulista, em São Paulo, e carreatas nas principais avenidas de Brasília. Os protestos ocorreram após as manifestações de ontem (29) contra o candidato no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.

Em São Paulo, mensagem gravada por Bolsonaro foi transmitida pelo carro de som, em que ele pede apoio dos eleitores e defende pontos de sua campanha. Um deles é que não haja o que chama de ideologia de gênero nas escolas. A Polícia Militar de São Paulo não divulgou o número de participantes do evento na Avenida Paulista. A organização ainda não estimou o público.

A concentração de manifestantes pró-Bolsonaro foi organizada em um quarteirão próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde também estava o carro de som principal. Mais dois carros de som menores estão ao longo da avenida, com discursos gerais sobre moral e contra corrupção. Outro ponto de concentração foi nas proximidades da sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Imagem da Rua São Bento na tarde deste domingo (30)

AVENIDA FECHADA

Fechada como aos ocorre domingos e feriados, a Avenida Paulista, uma das principais da capital paulista, reúne vários segmentos da sociedade, de distintos gêneros e idades. Manifestantes ouvidos pela reportagem disseram apoiar Bolsonaro por ele ser contra a “ideologia de gênero” e afirmaram que o candidato não se caracteriza por homofobia nem misogenia.

“Ele é o único contra a comunismo e que coloca a família e Deus à frente de tudo”, disse Rafael Vieira, 27 anos. Ele disse ainda que se identifica também com Bolsonaro em relação à ideologia de gênero, que seria a “destruição da família”, levando à perda da identidade das pessoas.

CAPITAL FEDERAL

Em Brasília, duas carreatas marcaram o apoio a Bolsonaro. Muitos participantes do ato usaram camisetas da Seleção Brasileira, dirigiram os carros com bandeiras do Brasil e buzinavam uns para os outros. A Polícia Militar informou que 25 mil veículos ocuparam as seis faixas da Esplanada durante o ato, somando os diferentes trajetos.

Segundo o porta-voz da PM-DF, major Michello Bueno, o cálculo foi feito considerando a saída dos veículos da Esplanada dos Ministérios. De acordo com ele, entre 9h30 e 13h, houve um fluxo de cerca de 20 carros por minuto em cada uma das seis faixas da via.

As duas carreatas se juntaram na Esplanada dos Ministérios durante a manhã e culminaram com protestos em frente a sede da Rede Globo. A concentração iniciada no Eixo Monumental tinha como bandeiras a defesa do candidato e a pergunta, exposta em uma faixa: “Quem mandou matar Bolsonaro?”.

No final da Asa Sul, no Plano Piloto de Brasília, havia outra concentração de apoiadores de Bolsonaro, que também partiram em carreata, tendo à frente um carro de som com candidatos locais.

Participaram da manifestação, representantes de partidos políticos, movimentos autointitulados patriotas e apoiadores da ditadura militar. Além de carros, caminhões, motocicletas e uma passeata reuniram aos demais participantes que estavam nos carros.

Começo de tarde no Parque Infantil – manifestantes chegando

DEPOIMENTOS

O aposentado Jorge Choairy, 71 anos, disse que foi ao ato por um “país melhor para todo mundo”. “O nosso apoio é espontâneo. Vivemos muito bem no regime militar, que não foi ditadura. Quem era perseguido eram os bandidos e terroristas que mataram muita gente. Na verdade eles queriam implantar o comunismo no Brasil”, afirmou.

Graziele Santos, de 42 anos, afirmou também que tinha razões pessoais para estar no protesto. “Meu critério para votar este ano é ficha limpa. Eu estou cansada de corrupção, de propina e acho que o Bolsonaro veio para poder quebrar isso.”

Fotos: Andressa Pérsia Albino