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Moradores de rua constroem favela na lateral da Igreja do Santana

O vereador Jeferson Yashuda foi chamado pelos vizinhos, padre e paroquianos, que não conseguem entrar na igreja devido à agressividade da nova moradora. Há quase 90 dias ele pede ajuda do Executivo, mas nenhuma providência foi tomada pelas secretarias responsáveis

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Na sessão da Câmara desta terça-feira (16), o vereador Jeferson Yashuda (PSDB), fez uma indicação à Prefeitura Municipal para que tome providências sobre moradores em situação de rua que se alojaram em frente à Igreja do Santana.

O parlamentar pede que o poder público os acolha na Casa Transitória ou outro lugar adequado. Para o vereador um governo que se auto intitula solidário e participativo, precisa ter atitudes humanitárias.

Yashuda ressalta que Araraquara tem uma rede de assistência social, através dos seus 10 CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), Centro Pop, casas de acolhimento e Casa Transitória. Tem Guarda Municipal, Centro de acompanhamento para dependentes químicos de álcool e drogas, mas os espaços públicos estão tomados por moradores em situação de rua.

Segundo a Secretaria de Assistência Social a cidade conta hoje com 50 moradores de rua. O vereador diz que “de forma inédita, nunca visto antes, em frente à Igreja do Santana se ergue uma favela, criada pelos moradores de rua, edificando ao lado do salão paroquial, e o que é mais absurdo é que o local fica em frente à Casa Transitória, onde se acolhe essas pessoas”.

Ele diz ainda que o caso vem se tornando tão grave que ele participou de uma reunião na Casa Transitória no último 10 de junho com a gerente de Assistência Social, Ana Cassia, Assistente Social da Casa Transitória, Azenilda, Comandante da Guarda Municipal, Zacaro, o Padre Charles da paróquia do Santana e Guilherme que é assistente técnico da Casa Transitória, que também já acompanham o caso.

“Entendemos e respeitamos o posicionamento de todos, assim como respeito nossos irmãos moradores de rua, mas não podemos deixar de evidenciar a incapacidade do serviço prestado pelo município, neste caso em especifico. Essas pessoas estão lá há quase 90 dias, desde o dia 20 de março, e até agora absolutamente nada foi feito para acolhê-los na Casa Transitória que fica em frente, ou levá-los para um local adequado. Eles usam o banheiro da Casa e recebem marmitas diariamente, não sairão de lá” – afirma Yashuda.

Vale ressaltar que Juliana que é a moradora fixa do local, mas existe uma rotatividade de cerca de cinco pessoas. Ela é usuária de drogas, agressiva e impede a entrada de paroquianos, dos voluntários e até mesmo do padre, pois está usando o toldo do salão sem autorização da comunidade e tomou conta da porta lateral do salão.

“Os moradores do entorno, os paroquianos e os comerciantes bem como as pessoas que por ali passam, vem nos cobrando sobre providências que o Executivo tem que tomar. Enquanto isso, fica um jogo de empurra-empurra e nenhuma secretaria assume a responsabilidade, é necessário um trabalho conjunto, mas tem que ser feito. É inadmissível quase 90 dias e nada foi feito”, desabafa o vereador.