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Nos tempos da exoneração: pânico, hipertensão e depressão no Legislativo

ZumZumZum aborda dois assuntos que mexeram com os bastidores da Câmara nesta semana: a exoneração de ex-assessora de Luna Meyer e a criação da Frente Parlamentar Cristã de Defesa da Vida e da Família

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A polêmica exoneração

A exoneração no início da semana da advogada Carla Missurino, ex-assessora da vereadora Luna Meyer (PDT), é um assunto que ainda vai dar muita polêmica nos bastidores do Legislativo. Ela foi desligada do quadro de funcionários da Câmara após denúncia de que estaria trabalhando em seu escritório de advocacia apesar de estar afastada das atividades da Câmara por atestado médico. Luna Meyer disse que tudo foi feito em comum acordo e em paz, informação da qual Carla não comungou.

Hipertensão, pânico e depressão

A ex-assessora explica que o atestado para afastamento vai de 9 de abril até 4 de julho. Os diagnósticos foram crise de pânico, hipertensão e depressão, segundo ela, doenças adquiridas durante sua função de assessora parlamentar. Sobre estar trabalhando em seu escritório, ela nega e esclarece que conta com advogados contratados que cuidam dos processos, inclusive com autorização para utilizar sua assinatura eletrônica. “Novas surpresas virão por aí em relação ao fato da minha exoneração estando doente e em tratamento médico”, sacramentou Carla.

Frente Parlamentar Cristã

A Comissão Especial de Estudos (CEE) denominada Frente Parlamentar Cristã de Defesa da Vida e da Família foi aprovada na sessão da última terça-feira (11) na Câmara de Araraquara. Ela terá o objetivo de promover a discussão e articulação em defesa dos direitos dos cidadãos cristãos e defender princípios, valores éticos e morais. Além disso, a Comissão pretende criar um canal de diálogo entre o Governo e as instituições cristãs da cidade. O órgão será composto na Casa de Leis por dois vereadores que representam a comunidade católica e dois evangélicos.

Voto contrário

O único voto contrário foi de Filipa Brunelli (PT), que fez questão de registrar seu posicionamento. “Fui a única vereadora que votou contrário, e isso não significa eu ser contra o cristianismo, isso significa que tenho o entendimento da laicidade do estado democrático de direito. Acredito que o papel do parlamentar é debater e enfrentar problemáticas sociais, neste caso, o plausível seria apresentar uma proposta de uma frente de combate à intolerância religiosa, e não trazer os ‘valores’ de uma única vertente religiosa para dentro do legislativo”, enfatizou.

Mais Filipa

A vereadora do PT analisou nas redes sociais que “a doutrina cristã deve ficar dentro de seus templos, na Câmara Municipal de Araraquara o único ‘valor’ que deve ser defendido é o da constituição federal, dos direitos civis e a valorização do estado democrático de direito!”, completou. Mas ponderou: “Respeito o posicionamento dos pares e a forma como enxergam a situação, porém, meu posicionamento é divergente dos demais!”