Com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo do útero, a campanha Março Lilás é dedicada a realização de ações e eventos sobre a saúde da mulher.
A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues explica que a doença é provocada por uma infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
“Trata-se de uma condição sexualmente transmissível que pode causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Embora não apresente sintomas em sua fase inicial, em alguns casos, o HPV pode gerar alterações celulares que evoluem para o câncer. Portanto, é imprescindível a realização de exames preventivos. O papanicolau fornece um diagnóstico fácil e curável na maioria dos quadros”, diz médica.
NÚMERO DE CASOS
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de neoplasia mais incidente entre as mulheres.
Para 2023 foram estimados 17.010 novos casos, o que representa um risco de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres. Diante desse cenário, a infectologista destaca a vacina contra o HPV como a principal forma de prevenção.
Disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos através do Sistema Único de Saúde (SUS), o imunizante é capaz de prevenir até 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.
TRATAMENTO
Ao notar o aparecimento de verrugas que possam indicar a presença de HPV, Rodrigues orienta que se procure atendimento médico para dar início ao tratamento mais adequado.
Já o recurso terapêutico utilizado irá depender das características de cada caso, mas pode incluir o uso de pomadas, crioterapia, uso de laser ou até mesmo intervenção cirúrgica quando houver verrugas consideravelmente grandes.