De acordo com a Natura, o acordo inclui uma compensação potencial de 90 milhões de libras, e tanto o preço de venda quanto a compensação serão pagos dentro de cinco anos após o fechamento do negócio.
Este é o segundo grande desinvestimento da Natura este ano, no âmbito de uma reestruturação organizacional mais ampla, na sequência do acordo anunciado em abril para vender a marca de luxo Aesop à L’Oréal por 2,53 bilhões de dólares.
A venda da The Body Shop foi “outro passo importante no novo ciclo de desenvolvimento da Natura &Co para desbloquear valor significativo”, disse o CEO da Natura, Fabio Barbosa, em comunicado. “Reorientada, desalavancada e mais ágil, a Natura &Co poderá agora concentrar-se totalmente em sua principal experiência de venda relacional na América Latina, ao mesmo tempo em que continua a otimizar a presença da Avon International”, comentou Barbosa.
Em agosto, a Natura anunciou que seu conselho de administração a havia autorizado a buscar “alternativas estratégicas” para a The Body Shop, incluindo uma possível venda seis anos após ter comprado a marca da L’Oréal. A empresa iniciou negociações exclusivas com Aurelius no mês passado.
A Natura cresceu rapidamente através de aquisições de alto perfil, incluindo a de The Body Shop, Aesop e Avon International, mas acabou tendo problemas de rentabilidade, o que a levou a iniciar, no ano passado, uma busca no ano passado por “disciplina” e desalavancagem para voltar a obter lucros.
No terceiro trimestre, a Natura &Co registrou um lucro líquido de 7 bilhões de reais (1,43 bilhão de dólares), em comparação com um prejuízo de 560 milhões de reais um ano antes, impulsionado pela venda da Aesop. Sem esse desinvestimento, segundo a Natura, o lucro líquido do terceiro trimestre teria sido de 745 milhões de reais.